Defesa Civil do Rio interdita 8 casas após incêndio; uma delas desaba.
Oito casas foram interditadas - uma delas desmoronou - após o incêndio
(Foto: Marcelo Elizardo/G1)
O subsecretário de Defesa Civil do Rio, Márcio
Mota, informou na tarde desta quinta-feira (20) que oito casas foram
interditadas após o incêndio num supermercado atacadista em Madureira, no
Subúrbio do Rio.
O número de casas interditadas inclui uma que
desabou e outra que está condenada. As outras seis foram interditadas
preventivamente. Ainda de acordo com o subsecretário, às 15h50, o fogo
estava controlado, mas ainda não tinha acabado. "O trabalho agora é de
rescaldo. O Corpo de Bombeiros trabalhou muito bem. Agora é eliminar estes
pequenos focos (de incêndio) que ainda persistem", acrescentou.
Bombeiros atuam em incêndio em Madureira
A promotora de eventos Adriana Rosa do Nascimento
disse ter visto sua casa, que fica ao lado do supermercado, desabando. Ela e a
família estavam dormindo no momento em que o fogo começou. O Corpo de Bombeiros
entrou na casa e pediu para todos saírem, por causa do incêndio.
Os moradores que precisaram deixar suas casas
deverão ficar em um hotel pago pelo Assaí. Representantes do supermercado
também pagaram almoço aos afetados. "Disseram que iam ressarcir todo
mundo, a casa de todo mundo", disse Adriana.De acordo com informações da
Globonews, moradores vão passar a noite em um hotel.
De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, o
chamado para a corporação foi feito às 6h54. Bombeiros do quartel do
Campinho, que fica praticamente em frente ao mercado, foram acionados para
combater as chamas. Grandes rolos de fumaça negra saiam dos fundos do imóvel.
Até as 15h30h não havia informações sobre vítimas.
Bombeiros de outros outros quartéis, como
Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Guadalupe e Realengo também foram em apoio para o
local. De acordo com informações do quartel de Campinho, apor volta das 9h, a
situação estava melhor, mas o fogo ainda não estava controlado.
Policiais que estão no local isolaram as casas da rua Alaíde, pois ainda
há risco de explosão. Segundo um segurança do estabelecimento, que preferiu não
se identificar, o fogo começou depois que o supermercado foi aberto.
"Quando ligou os perecíveis que teve faísca e
queimou as partes elétricas", contou o segurança.
Jair, de 94 anos, também foi retirado de casa. Ele
contou que fazia o almoço quando foi retirado de casa por volta de 9h50.
"Tiraram eu. Vou para onde? Estava fazendo minha comida", questionou
ele. De acordo com o idoso, ele não se incomodou com o incêndio porque em sua
casa não havia fumaça.
Às 10h os moradores vizinhos ainda estavam sendo
mantidos fora de suas casas devido ao risco de explosão no supermercado. Havia
muita fumaça e as ruas Alaíde e Domingos Lopes permaneciam interditadas. Por
volta das 11h15 os bombeiros informaram ao G1 que havia risco de desabamento do estabelecimento.
Maicon Sérgio, de 36 anos, levantou às 7h30 por
causa do incêndio. Ele informou que foi acordado com a sensação de fumaça na
garganta. "A parede estava quente. Sou taxista, me chamaram porque meu
táxi estava na rua. Estou preocupado com as minhas coisas todas lá dentro. Eu
estava dormindo. Sai de casa com barulho do botijão de gás estourando",
contou Maicon Sérgio. Preocupada, uma moradora saiu de casa e levou o bichinho
de estimação.
Segundo a empresária Augusta Araújo, de 60 anos,
este não é o primeiro incêndio no supermercado Assaí neste ano. "O fogo
começou onde ficam os papéis higiênicos. Eles ficam em cima e o freezer
embaixo", contou.
Combate ao fogo continuou à tarde
(Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Moradores da região ainda reclamam que o
funcionamento do mercado frequentemente atrapalhava o trânsito na região. Eles
dizem que caminhões de abastecimento fechavam pistas das ruas do entorno. Além
de atrapalhar o fluxo de carros, os caminhões faziam barulho a noite.
Empresa
divulga nota
Em nota, a assessoria do supermercado informou que a loja estava fechada quando
começou o incêndio e que o Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente.
Segundo a empresa, o Assaí lamenta o incidente a está solidário a todos que, de
forma direta ou indireta, foram afetados pelo ocorrido. A empresa informou já
tomou medidas imediatas para minimizar os transtornos e seguirá contribuindo
com as investigações para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
O coronel Marcondes, chefe de segurança do Grupo
Pão de Açúcar, do qual o supermercado Assaí faz parte, declarou que foi
incumbido de garantir o patrimônio das famílias que tiveram suas casas
atingidas pelo incêndio, além de providenciar alimentos às pessoas já que eles
não podem retornar para suas casas para prepararem seus almoços, e alocar as
pessoas de forma condizente.
Policiais que estão no local informaram ao G1 que vão isolar as casas da
Rua Alaíde, pois ainda há risco de explosão (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Trânsito
na região
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a Rua Domingos Lopes teve uma
faixa ocupada, sentido Praça Seca, próximo do Mergulhão Clara Nunes, devido ao
incêndio. O trânsito é desviado pelas ruas Maria José, Capitão Couto Menezes e
Estrada Intendente Magalhães. O BRT não teve o funcionamento interrompido.