Na quarta-feira, 25, acadêmicos da Unicentro – Campus de Pitanga realizaram uma assembléia, no pátio da Universidade, e, na ocasião, decidiram sair às ruas de Pitanga para expor à população as dificuldades da instituição. A ação contou com a presença do diretor do campus, Cleverson Salache, alguns professores da Unicentro, entre eles, Manuela Weissbock Eckstein, responsável por organizar os acadêmicos de Pitanga, os vereadores Kelly Ziegmann Schon Lawryniuk e Luiz Matos, egressos da Unicentro e representante da APP-Sindicato de Pitanga, Paulo Boschen.
O ponto principal do impasse entre as universidades estaduais do Paraná e o Governo do Estado é a questão da suspensão do repasse do custeio, anunciada pelo governador Beto Richa, no dia 13 de fevereiro. A verba do custeio é destinada para cobrir as despesas das universidades, como água, energia, limpeza, segurança, compra de materiais de higiene, entre outras manutenções. A Unicentro, por exemplo, está com atraso no pagamento da conta de luz, há dois meses, e também há três meses não consegue pagar a conta de água.
Segundo Cleverson Salache, o governador Beto Richa garantiu o repasse do custeio dos meses de janeiro, fevereiro e março. Mas a questão é como ficará o repasse deste recurso a longo do ano. A greve também tem outros fatores, como as condições de trabalho dos professores, que, segundo o diretor Salache, a Unicentro possui praticamente a mesma quantidade de alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no entanto, um número bem inferior de professores concursados.
Para Manuela Eckstein, até o momento, os alunos de Pitanga não haviam se manifestado, mas, a partir de ontem, dia 25, segundo ela, horário de aula é horário de luta. Manuela disse que muitos alunos se manifestaram em rede social, pois, como o Campus de Pitanga conta com alunos de dez municípios da região, muitos, até mesmo por conta de falta de combustível, entre outros fatores, tiveram dificuldade de participar da mobilização.
Fonte : Parana Centro
