Acidente
envolvendo três carretas e um carro deixa um morto e quatro feridos, no Paraná. Veja a foto:
Uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um acidente de trânsito na PR-092, em Siqueira Campos, no Norte Pioneiro do Paraná.
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), a batida envolveu três carretas e um carro, em um trecho de pista simples da rodovia. A vítima morta era condutora de um dos caminhões.
Ainda conforme a PRE, dois caminhões bateram de frente e as cabines ficaram destruídas, resultando na morte de um dos motoristas. Na sequência, um carro e um caminhão não conseguiram frear e atingiram os caminhões envolvidos no primeiro acidente. O automóvel chegou a cair em uma ribanceira.
Além do motorista morto, três pessoas sofreram lesões leves no acidente. A pista ficou interditada até o início da madrugada desta sexta-feira (22). As causas da batida serão investigadas.
Fonte: Litoranêa.com
‘Eles queriam
só que eu confirmasse a narrativa deles’, disse Mauro Cid em gravações.
Nos áudios divulgados pela revista Veja, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declara que os investigadores da Polícia Federal apenas queriam que o militar “confirmasse a narrativa” deles, no inquérito que apura a suspeita de tentativa de golpe.
“Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. É isso que eles queriam, e toda vez eles falavam: ‘Olha, a sua colaboração tá muito boa’. Ele (investigador) até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove tentativas de falsificação de vacina, vai ser indiciado por associação criminosa’, e mais um termo lá. Ele disse assim: ‘Só essa brincadeira vai ser 30 anos para você'”, afirma Cid em uma das gravações.
Em um outro trecho, Cid diz que a PF queria que ele falasse coisas que ele não sabia e que não aconteceram. “Não adianta, você pode falar o que você quiser. Eles (PF) não aceitavam e discutiam que a minha versão não era verdadeira, que não podia ser assim, que eu estava mentindo.”
‘Conveniente’
Cid diz ainda que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes tem a sentença pronta dos investigados por tentativa de golpe. Segundo o tenente-coronel, o magistrado apenas estaria “esperando passar um tempo”. “O momento que ele achar conveniente, ele denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo”, afirma o militar.
“O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta quando ele quiser, com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, afirma o tenente-coronel na gravação. Cid também comenta por que aceitou fazer delação. “Se eu não colaborar, vou pegar 30, 40 anos. Porque eu estou em vacina, eu estou em joia”, diz, em referência a inquéritos dos quais é alvo. “Quem mais se f… foi eu.”
Sigilo
O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, defendeu a queda do sigilo dos depoimentos de Cid, após o vazamento dos áudios. “O levantamento do sigilo poderá dirimir potenciais dúvidas e dará a transparência necessária para a elucidação de parte dos fatos. A defesa do presidente tomará as devidas providências”, postou no X, nesta sexta, 22.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
Justiça de SP
impede homenagem para Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou na sexta-feira, 22, que a cerimônia de entrega de cidadania honorária da capital paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não poderá ser feita no Theatro Municipal, conforme havia sido solicitado pelos vereadores e aprovado pela Prefeitura no último dia 13. Segundo a decisão judicial, o uso do espaço para homenagear Michelle acarretaria em um “grave risco de desvio de finalidade do bem público”.
Procurada pelo Estadão, a Prefeitura não se manifestou. Os vereadores Rinaldi Digilio (União), autor da proposta, e Milton Leite (União), presidente da Câmara, não responderam até a publicação desta reportagem.
Os vereadores paulistanos aprovaram o pedido de homenagem para a ex-primeira-dama em novembro do ano passado. A justificativa para a concessão da honraria foi de que Michelle “é engajada em políticas sociais, com atenção especial para as doenças raras”.
Normalmente, a sessão solene para a entrega da cidadania honorária é realizada no plenário da Câmara Municipal. Porém, no caso de Michelle, Rinaldi pediu para que a cerimônia fosse realizada em um local externo, o que é previsto pelo Regimento Interno do Legislativo paulistano.
No último dia 13, a Prefeitura aprovou o agendamento do Theatro Municipal para a cerimônia. “Não há excepcionalidade nesse caso, uma vez que é normal a cessão de espaço para eventos de órgãos públicos”, disse em nota a Secretaria Municipal de Cultura, na ocasião.
Foi essa autorização do Executivo municipal que o juiz Marco Antônio Martin Vargas, do TJ-SP, suspendeu nesta sexta-feira. O magistrado também estipulou uma multa de R$ 50 mil caso a decisão seja descumprida.
De acordo com Vargas, as justificativas utilizadas pela Prefeitura para a mudança de local do evento tiveram uma “falta de motivação, acrescida da falta de publicização e transparência”. O magistrado também pontuou que a cerimônia para Michelle no Theatro indica “a presença de grave risco de desvio de finalidade do bem público, do dever de impessoalidade e da promoção pessoal de autoridade”.
Rinaldi argumentou que o Palácio Anchieta, sede do Legislativo paulistano, não teria espaço físico suficiente para comportar o público que estará presente na solenidade. O juiz pontuou, porém, que o vereador noticiou nas redes sociais que o evento contará uma distribuição limitada de ingressos e a transmissão ao vivo pelo canal da Câmara de São Paulo.
“Se extrai, por ora, a conclusão de que a cerimônia de essência representativa cidadã tenha ganhado uma conotação particular”, concluiu o magistrado do TJ-SP.
Deputada autora do recurso disse que transferência da solenidade por Nunes tem fins eleitorais
A decisão do TJ-SP foi proferida após a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a ativista Amanda Paschoal entrarem com um recurso na Corte. Segundo elas, a cessão do Theatro tem como pano de fundo “fins exclusivamente políticos, sem qualquer natureza artística e de formação cultural”.
Ao Estadão, Hilton afirmou que a decisão judicial desta sexta-feira impediu que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) realizasse um evento “cujos objetivos são flagrantemente de cunho político eleitoral”. Segundo ela, o prefeito paulistano “busca colar sua imagem à da família Bolsonaro às vésperas de uma campanha eleitoral pela Prefeitura”.
Questionada pela reportagem sobre a acusação da deputada, a Prefeitura não se manifestou.
Nas eleições deste ano, Nunes receberá o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, avaliar que o prefeito paulistano seria o único capaz de enfrentar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é o pré-candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para atrair os eleitores bolsonaristas e consolidar o apoio de Bolsonaro – que já disse publicamente que gostaria de ter o seu ex-ministro e atual deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) como candidato à Prefeitura – Nunes está realizando movimentos de aproximação com o ex-presidente. No final do mês passado, o emedebista esteve no ato convocado pelo ex-chefe do Executivo na Avenida Paulista.
Fonte: Agência Estado.
Petrobras vai
manter retenção de dividendos em assembleia em abril.
A Petrobras confirmou, em documento enviado nesta sexta, 22, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que vai propor apenas os dividendos ordinários aos seus acionistas na próxima assembleia geral ordinária (AGO), prevista para 25 de abril, deixando decisão sobre uma remuneração extra para outro momento.
A estatal confirmou o pagamento de R$ 14,2 bilhões, com data-base da posição acionária no dia da AGO. Com isso, em relação a todo o ano de 2023, a estatal terá pago R$ 72,4 bilhões em proventos a seus acionistas.
O pagamento ocorrerá de acordo com o seguinte cronograma: uma parcela de R$ 7,1 bilhões, com pagamento no dia 25 de maio e uma parcela de R$ 7,1 bilhões, com pagamento em 20 de junho. A remuneração total aos acionistas será de R$ 76 bilhões, sendo R$ 72,4 bilhões como dividendos e R$ 3,6 bilhões como recompra de ações, confirmou a estatal.
A proposta de remuneração foi decidida em uma tensa reunião do conselho de administração no dia 7 de março. A proposta da diretoria da companhia, de pagar metade dos dividendos extraordinários aos acionistas, não foi levada à votação, segundo ata divulgada ontem. Na reunião, do início de março, foram discutidas apenas as propostas dos membros do conselho administrativo indicados pelo governo, de reter 100% dos dividendos, e dos indicados pelos acionistas minoritários, de distribuir 100% dos proventos – alternativa que foi derrotada. Com a decisão, as ações da companhia caíram e a estatal perdeu por volta de R$ 50 bilhões de valor de mercado em um dia.
A tendência agora, porém, é de que em algum momento esses proventos sejam distribuídos aos acionistas, principalmente depois que o Ministério da Fazenda ganhou uma cadeira no órgão máximo da estatal – secretário executivo adjunto da pasta, Rafael Dubeux, foi o indicado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta convencer o governo sobre o benefício do pagamento nas contas da União, acionista majoritário da Petrobras.
A decisão de reter os dividendos extraordinários, segundo apurou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), prevaleceu por seis votos a quatro, com uma abstenção. Teriam votado contra a distribuição e pelo envio de R$ 43,9 bilhões para a reserva de remuneração cinco conselheiros indicados pelo governo, além da representante dos trabalhadores. Já os quatro representantes de acionistas minoritários teriam votado a favor da distribuição de 100%.
Em meio a esses ruídos de que os valores retidos seriam usados em investimentos, com o objetivo de acelerar o crescimento econômico, Jean Paul Prates se apressou em dizer que os recursos estão reservados para dividendos futuros e não poderão ser usados para outros fins.
As ações da empresa acumulam uma perda de 5,75% neste ano.
‘Espuma’
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou as recentes críticas à interferência do governo na Petrobras como “crises de espuma”. Segundo ele, a companhia segue apresentando bons resultados e os supostos problemas foram criados “artificialmente”. “Eu não vejo crise alguma”, disse. em entrevista ao programa Bom dia, ministro, da TV Brasil, exibido na quinta-feira.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
Haddad e
Alckmin reforçam pressão para BC acelerar a queda dos juros.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, engrossaram o coro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha para reduzir a taxa básica de juros, Selic, mais rapidamente no Brasil. Enquanto Haddad dava entrevista em São Paulo, após a divulgação em Brasília do relatório bimestral de despesas e receitas, Alckmin – que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – participava de inauguração de um centro de inovação no Rio. Mas o discurso foi o mesmo: o Banco Central (BC) precisa aumentar a velocidade do corte da Selic.
No último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgado na quarta-feira, 20, a autoridade monetária sinalizou a possibilidade de mudar o atual ritmo de corte dos juros, ao referendar uma nova redução de 0,5 ponto porcentual apenas para a reunião de maio.
Apesar disso, o ministro Fernando Haddad se disse “otimista” em relação à possibilidade de continuidade nos cortes da Selic, ainda que o comunicado do BC não tenha se comprometido com o atual ritmo. O BC fez cortes de 0,50 ponto porcentual nas últimas seis reuniões. Com isso, a taxa básica de juros atualmente caiu para 10,75% ao ano.
“Eu acredito que ele (Banco Central) resolveu aguardar junho para tomar uma decisão”, disse Haddad, ao ser questionado sobre o comunicado mais recente do Copom.
“Ele não falou que vai aumentar para 0,75 (ponto porcentual), nem que vai manter meio ponto, nem diminuir para 0,25 (ponto porcentual). Eu vou tirar o plural para ter liberdade de tomar decisão à luz do que estiver acontecendo no mundo. E eu sou otimista com relação ao que estará acontecendo no mundo até lá”, disse o ministro.
Ao citar o termo “plural”, ele se refere ao fato de o comunicado do Copom mencionar que deve realizar outro corte de 0,50 ponto porcentual na próxima reunião (em maio), mas sem deixar claro que os cortes continuarão na mesma proporção nas reuniões seguintes.
Haddad repetiu que espera em meados deste ano o início de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e na Zona do Euro, e que este cenário é baseado tanto no que o próprio mercado prevê quanto em conversas com as autoridades monetárias dessas regiões. “Se isso acontecer, desanuvia o ambiente econômico internacional. Como a nossa inflação está mais bem comportada do que a de nossos pares e até que a de alguns países desenvolvidos, não vejo razão para este ciclo não continuar”, afirmou.
‘Uma das piores coisas’
No Rio, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que “o juro alto é uma das piores coisas que temos para a economia”. Ele ressaltou que o ritmo de queda da taxa deveria ser mais acelerado. “O juro ainda é alto, mas está em queda, caindo 0,5 ponto porcentual em cada encontro. Deveria ser mais rápido.”
“Estamos começando um novo ano com um quadro interessante”, disse, frisando a queda do risco país, do câmbio, do desemprego e da inflação, além do avanço do PIB. “O câmbio – de R$ 5 a R$ 4,90 – está variando pouco e está competitivo, ajuda exportação e turismo.”
O vice-presidente afirmou ainda que, conforme um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 15 anos, a reforma tributária pode fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 12% porque traz eficiência econômica. “A reforma fiscal desonera investimento e exportação.”
Alckmin participou ontem da inauguração do Cápsula, Centro de Inovação Senac RJ, no centro do Rio. O local oferecerá laboratórios, estúdios, espaços para prototipagem de serviços, áreas de uso compartilhado para coworking, salas multiúso e para cursos de extensão, auditório e espaços de eventos.
O presidente da Fecomercio-RJ, Antonio de Queiroz Junior, declarou que o Brasil sofre de desemprego estrutural, com vagas abertas e sem profissionais capacitados para ocupar os postos abertos.
Fonte: O Estado de S. Paulo.