Um rapaz morreu após um acidente de trânsito registrado por volta das 10 horas desta quarta-feira (12), na rodovia BR-163, em Capitão Leônidas Marques. A colisão envolveu uma camionete S-10 com placas de Capitão Leônidas Marques e um Santana Quantum de Palmas.
O condutor do Santana, Douglas dos Santos Ricardo, 25 anos, foi encaminhado em estado grave para o Hospital Nossa Senhora Aparecida, mas não resistiu e acabou falecendo. A esposa dele Alexandra Telles de Jesus, 23 anos, o sogro Altamiro Taborda de Jesus e a sogra Clarice Telles de Jesus, tiveram ferimentos e foram transferidos pelo helicóptero do Consamu para hospitais da região. O condutor da camionete não se feriu.
fonte:: Rádio Interativa FM.
Investigação de políticos citados em delações pode durar até 5
anos no STF.
Os inquéritos
abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos citados
nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht podem levar pelo menos
cinco anos e seis meses para chegar a uma conclusão. O tempo para finalização é
estimado pela Fundação Getúlio Vargas de Direito do Rio de Janeiro, levando em
conta um processo criminal envolvendo autoridades com foro privilegiado.
A
estimativa também é parte do levantamento Supremo em Números, divulgado
anualmente pela instituição. Além do tempo médio, durante a tramitação, os
processos ainda poderão ser paralisados e remetidos para a primeira instância
do Judiciário se os políticos envolvidos não se reelegerem e, com isso,
perderem o foro privilegiado. A prescrição dos crimes também não está
descartada. No caso de investigados maiores de 70 anos, o tempo para a Justiça
punir os acusados cai pela metade em relação à pena máxima para cada crime.
Os
políticos citados nas delações dos ex-executivos da empreiteira Odebrecht vão
responder no STF pelos crimes de lavagem de dinheiro, crime eleitoral (caixa 2)
e corrupção ativa e passiva. As pena variam de três a 12 anos de prisão.
Com a
abertura da investigação, os processos devem seguir para a Procuradoria-Geral
da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) para que sejam cumpridas as
primeiras diligências contra os citados. Ao longo da investigação, pode ser
solicitada a quebra dos sigilos telefônico e fiscal, além da oitiva dos
próprios acusados.
Fonte: Paraná Portal.
‘Esse crime eleitoral todo mundo praticou’, afirma Odebrecht
sobre caixa dois.
O empreiteiro Marcelo Odebrecht disse em delação premiada à
Procuradoria-Geral da República que todos os políticos trabalham com caixa dois
nas campanhas eleitorais. “Todo mundo sabia que tinha caixa dois”, afirmou
Odebrecht, em depoimento à força-tarefa do Ministério Público Federal
especificamente sobre suas relações com o presidente nacional do PSDB Aécio
Neves.
“Eu não conheço nenhum político no Brasil que tenha conseguido fazer
qualquer eleição sem caixa dois. Não existe ninguém no Brasil eleito sem caixa
dois. O cara pode até dizer que não sabia, mas recebeu dinheiro do partido que
era caixa dois. Não existe, não existe.”
“Esse crime eleitoral todo mundo praticou”, enfatizou o empreiteiro.
“Todo mundo tratava caixa dois como uma coisa necessária, fazia parte. Parece
que também teve uma parte desse caixa dois aí das contribuições do PSDB de
Minas, não sei quanto de Aécio ou não, parece que teve alguma coisa de
marqueteiro, que não era pra ser, aquele princípio nosso não era pra ter.”
Odebrecht relatou sobre suas ligações com Aécio e os negócios da
empreiteira em Furnas. “Quem cuidava da relação de contribuições, qualquer
pedido naquela época, estou falando de 2000, era o Henrique, responsável pelo
nosso negócio de energia. Tinha interesse e, principalmente, lidava com Dimas
(Toledo, ex-presidente da estatal de energia e antigo aliado de Aécio). Dimas,
na época, era um operador informal do PSDB.”
“Então, nesse momento foram feitas contribuições relevantes”, seguiu o
delator. “Praticamente, com a assunção do governo Lula, passou a ser grande a
interface nossa com o PSDB. Eu não sei precisar quantas dessas contribuições do
PSDB foram para o Aécio, para os candidatos, quanto isso foi de caixa dois.
Como é coisa antiga… sei que eram montantes relevantes, a gente tá falando da
ordem de pelo menos 50 milhões. O Henrique comentou uma época, eu até
estimulei, ‘olha, é o único ponto que a gente tem hoje de relacionamento com o
PSDB, Aécio é uma pessoa importante, vai ser importante, eu acho que vale a
pena você assumir essas contribuições’.”
Odebrecht citou Osvaldo Borges, outro quadro ligado ao PSDB. “Aí entra o
governo estadual de Minas, Aécio é eleito governador. A partir daí essas
contribuições de Dimas e Aécio governador, quem passou a ser, assim, tesoureiro
informal era mais o Osvaldo Borges. Bom, a partir desse momento eu também
comecei a criar uma relação crescente com Aécio, comecei a ter contatos mais
constantes com ele. Não só pra discutir política, tudo que é tipo de coisa”.
“Eu me lembro de ter tido várias reuniões com Aécio”, declarou.
O empreiteiro abordou a campanha de 2014, quando Aécio disputou a
Presidência com Dilma.
“Começamos
a definir valores.”
Segundo ele, a “primeira conversa” com o tucano foi ainda na
pré-campanha do PSDB. “Precisavam ter gastos de pré-campanha aí acertei com ele
valor de gastos para a pré-campanha. Aparentemente, pode até ter sido com
doação oficial para o PSDB. Bancou durante dez meses valores, era 500 mil por
mês, durante dez meses.”
“Eram valores relevantes na pré-campanha para 2014, esse foi o valor que
eu acertei com Aécio um momento, depois fizemos doação oficial a Aécio, mais ou
menos o mesmo montante de Dilma”, relatou o delator.
“Do ponto de vista oficial a gente equilibrou o valor de Aécio com o
valor de Dilma”, ele prosseguiu no depoimento gravado em vídeo pela
força-tarefa da Lava Jato.
O empresário disse que, na véspera do primeiro turno da eleição 2014,
ganhou força a possibilidade de a petista levar já no primeiro turno. Segundo
ele, o tucano “precisava de um fôlego” e o procurou.
“Pediu um encontro comigo. Eu falei ‘Aécio, é complicado, eu não posso
aparecer doando mais pra você do que pra Dilma’. Ele também tinha assumido
compromisso de apoiar algumas candidaturas e coincidiu algumas pessoas que a
gente tinha relação, eu lembro, ele falou alguns nomes. Agripino. Eu disse ‘pô
Aécio, esse é um candidato que não tem nenhum problema, então a gente apoia’.
Odebrecht contou ter combinado com o diretor da empreiteira em Minas,
Sérgio Neves. “Olha Sérgio, procura o Osvaldo e acerta o valor de 15
(milhões).”
Defesa
Em nota divulgada nesta terça-feira, 11, o presidente do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), disse considerar importante o fim do sigilo do conteúdo das
delações premiadas dos ex-executivos da Odebrecht. Na nota, o tucano diz que
ele pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), a quebra dos sigilos e que agora “será possível
desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta”.
Fonte: Banda B.
Moro ‘herda’ 38 casos; 188 são espalhados.
Apesar de ser alto
o volume de inquéritos decorrentes das delações da Odebrecht que correrão no
STF (Supremo Tribunal Federal), ainda maior é o que será distribuído a outras
instâncias do judiciário porque os envolvidos não têm foro privilegiado no
Supremo.
Ao
todo, 226 casos se espalharão para fora do STF. Destes, 25 ainda estão em
sigilo. Os demais 201 se dividirão entre o STJ (Superior Tribunal de Justiça),
que se dedica aos governadores, os Tribunais Regionais de 2ª instância (que
abrangem, entre outros, os prefeitos), e a Justiça Federal (além de tribunais
eleitorais), voltada aos que não têm nenhuma prerrogativa de foro.
Os
casos da Justiça Federal, por fim, se separam em dois grupos: aqueles que têm
conexão direta com a investigação central da Lava Jato ficarão sob a tutela do
juiz Sérgio Moro, que ‘herda’ 38 novas investigações.
Os
demais, que envolvem variados casos de corrupção da Odebrecht, serão distribuí-
dos geograficamente conforme o local onde os crimes teriam ocorrido.
Das
justiças federais dos 27 Estados (incluindo o DF), apenas seis não terão
investiga- ções: Sergipe, Alagoas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.
Com
Moro
O
ex-presidente Lula consta em seis novos inquéritos que serão analisados por
Moro. No Paraná, o petista já é réu em dois processos: um sobre o tríplex do
Guarujá (SP) e outro a respeito da compra do terreno da suposta nova sede do
Instituto Lula.
Quem
também deve entrar na mira de Moro é a ex- -presidente Dilma Rousseff. Ela
também aparece – ao lado dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega – em
um dos seis inquéritos de Lula, e é citada em outro caso, por ter, segundo a
Odebrecht, favorecido a empresa Tractebel-Suez na licitação da usina
hidrelétrica de Jirau (RO). Dilma também é investigada em outros casos no STF.
A nova
lista de processos sob Moro também inclui três ex-ministros, dois ex-senadores
e três ex-deputados federais, que não têm foro privilegiado além de dois
ex-marqueteiros do PT.
Parte
destes 38 episódios, porém, envolve delações antigas – tais como as refinarias
Repar (PR), Rnest (PE) e Revap (SP), além de sondas do pré-sal e plataformas de
petróleo. Alguns crimes sobre estes contratos já foram julgados por Moro, que
pode não ver necessidade de abrir processos nesses casos.
Fonte: Paraná Portal.