Após ser reeleito presidente do PSDB, Aécio diz que Dilma não concluirá mandato.
O senador Aécio Neves (MG) foi reeleito por integrantes do PSDB para mais um mandato no comando do principal partido de oposição do país, durante convenção neste domingo (5). Oito meses após ser derrotado nas urnas por Dilma Rousseff, o parlamentar tucano voltou a afirmar que perdeu as eleições presidenciais para uma “organização criminosa” e não para um partido político.
Em discurso, Aécio apostou que a presidente Dilma não concluirá seu mandato, devido aos atuais escândalos. “Esse grupo político que aí está, está caminhando a passos largos para a interrupção deste mandato […]. O Brasil de hoje, com essas revelações diárias de corrupção, é incapaz de alimentar esperanças”, destacou.
O tucano também fez duras críticas à economia do país. “Neste ano, o mundo vai crescer em torno de 3,5%, os países emergentes, segundo o FMI, mais de 4%. E o Brasil? vai retroceder este ano 2%. Todo o resto do mundo cresce, enquanto nós andamos para trás”, disse. “Praticamos as taxas de juros mais altas do planeta. A produção da indústria se encontra no mesmo nível de 2008″.
Candidato único na eleição interna, Aécio assumiu o comando do PSDB em maio de 2013, antes de oficializar sua candidatura à Presidência da República, no ano passado. Agora, terá um mandato que se estenderá até 2017, um ano antes da eleição presidencial. Apesar de ter perdido a disputa para a presidente Dilma Rousseff, o senador já está se articulando para concorrer novamente à Presidência na eleição de 2018. Além de Aécio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também é cotado para concorrer à sucessão de Dilma.
Parlamentarismo – O senador José Serra (SP), que já foi derrotado em duas eleições presidenciais para candidatos do PT, defendeu a implantação do parlamentarismo no Brasil. O parlamentar tucano disse que irá propor o início de um debate no país sobre a mudança do sistema de governo. Pelo sistema parlamentarista, o governo é formado por maioria partidária no Parlamento e pode ser “demitido” das eleições regulares, se perder o apoio dos parlamentares.
Vale lembrar que, em 1993, os brasileiros participaram de um plebiscito e optaram pelo sistema presidencialista, rejeitando o retorno à monarquia e o sistema parlamentarista. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é do PMDB-RJ, já havia afirmado que esse debate pode ser retomado.
Fonte PARANÁPORTAL