O ministro
Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal,
autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar 8 ministros, 3 governadores, 24
senadores e 39 deputados. Os pedidos se baseiam na chamada lista de Janot,
feita com base em delações de ex-executivos da Odebrecht.
Veja os nomes:
Eliseu Padilha (PMDB-RS),
ministro da Casa Civil
Qual a suspeita: Segundo delação
de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava propinas para irrigar campanhas
eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.
O que ele diz: A defesa do
ministro-chefe da Casa Civil, representada pelo criminalista Daniel Gerber,
afirma que todo e qualquer conteúdo de investigações será debatido
exclusivamente dentro dos autos.
Gilberto Kassab (PSD), ministro
da Ciência e Tecnologia
Qual a suspeita: Segundo depoimentos de Benedicto Barbosa da Silva Júnior
e Paulo Henyan Yue Cesena, ele recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas no
período de 2008 e 2014, por suas condições como prefeito de São Paulo e
ministro das Cidades. Segundo declarações de Carlos Armando Guedes Paschoal e
Roberto Cumplido, foi um dos beneficiários de vantagem indevida paga a agentes
públicos em obras viárias de São Paulo em 2008.
O que ele diz: "O ministro
confia na Justiça, ressalta que não teve acesso oficialmente às informações e
que é necessário ter cautela com depoimentos de colaboradores, que não são
provas. Reafirma que os atos praticados em suas campanhas foram realizados
conforme a legislação."
Wellington Moreira Franco (PMDB),
ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava
propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de
aeroportos.
O que ele diz: A assessoria do ministro informa que ele não vai
comentar o assunto
Bruno de Araújo (PSDB-PE),
ministro das Cidades
Qual a suspeita: Segundo as
delações de João Antônio Pacífico Ferreira, Benedicto Barbosa da Silva Júnior,
Cláudio Melo Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Araújo recebeu repasses não
contabilizados de R$ 600 mil da Odebrecht entre 2010 e 2012 a pretexto de
doação eleitoral, quando era deputado federal. De acordo com o inquérito, ele
agiu em defesa dos interesses da empresa no Congresso e é acusado de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
O que ele diz: "De acordo
com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas empresas, inclusive
a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O sistema democrático vigente
estabelecia a participação de instituições privadas por meio de doações. Mantive
uma relação institucional com todas essas empresas.Em todo o meu mandato,
sempre atuei em prol de interesses coletivos. Atuei de acordo com a minha
consciência."
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB),
ministro das Relações Exteriores
Qual a suspeita: Segundo delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto,
Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo
da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto
Ribeiro Novis, Nunes recebeu ilegalmente R$ 500 mil do grupo Odebrecht para
financiar sua campanha para o Senado em troca de favores políticos.
O que ele diz: O ministro das Relações Exteriores diz que as acusações
são mentirosas, mas que só vai comentar o tema após ter acesso ao pedido de
inquérito.
Marcos Antônio Pereira (PRB),
ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
Qual a suspeita: Segundo delação
de Marcelo Odebrecht, Pereira recebeu R$ 7 milhões da construtora em favor do
Partido Republicano Brasileiro (PRB) para campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
O que ele diz: “O ministro está à disposição da Justiça para prestar
todos os esclarecimentos necessários, muito embora não tenha sido notificado
oficialmente nem tenha conhecimento de nada daquilo que é acusado. Marcos
Pereira agiu sempre dentro da lei enquanto presidente de partido, buscando
doações empresariais respeitando as regras eleitorais, e esclarecerá não ter
qualquer envolvimento com atitudes ilícitas”.
Blairo Borges Maggi (PP),
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Qual a suspeita: Segundo os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e
Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, da Odebrecht, Blairo recebeu R$ 12 milhões
durante campanha em 2006 ao governo do estado do Mato Grosso. Segundo os
delatores, o ministro tinha o apelido de "Caldo" dentro do sistema de
propinas da empresa.
O que ele diz: "Lamento que
meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da
Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao
conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e
dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado.
Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht
para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a
empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada
fiz de errado."
Helder Barbalho (PMDB), ministro
da Integração Nacional
Qual a suspeita: Os delatores Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e
Mário Amaro da Silveira afirmam que Barbalho, o senador Paulo Rocha (PT-BA) e o
prefeito de Marabá, João Salame (PROS-PA), solicitaram R$ 1,5 milhão para a
campanha do ministro ao governo do Pará em 2014. A Odebrecht desejava atuar
como concessionária da área de saneamento básico no estado.
O que ele diz: "Ele nega
que tenha cometido ilegalidades; reafirma que todos os recursos que recebeu
como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao
TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; esclarece que não tinha e não tem
qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá; destaca
sua estranheza com o codinome Cavanhaque, em toda sua trajetória política,
Helder Barbalho nunca usou cavanhaque."
Renan Filho (PMDB), governador de
Alagoas
Qual a suspeita: São dois
inquéritos. No primeiro, segundo delação de Cláudio Melo Filho, Renan Calheiros
pediu doação eleitoral a seu filho, candidato ao governo de Alagoas em 2014.
João Antônio Pacífico Ferreira autorizou o repasse de R$ 1,2 milhão ao PMDB,
via doação oficial ao partido, dos quais ao menos R$ 800 mil foram para a
campanha de Renan Filho. No segundo, de acordo com delações de Ariel Parente
Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz,
Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira, foram
feitas doações a Renan Filho.
O que ele diz: Ele afirma que todas as doações recebidas na campanha
foram rigorosamente dentro da lei, declaradas e aprovadas pela Justiça
Eleitoral.
Robinson Faria (PSD), governador
do Rio Grande do Norte
Qual a suspeita: Segundo delações
de Alexandre José Lopes Barradas, Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis, Benedicto
Barbosa da Silva Júnior, Ariel Parente e João Antônio Pacífico Ferreira,
Robinson Faria é suspeito de ter recebido R$ 350 mil na campanha de 2010 (foi
vice de Rosalba Ciarlini).
Tião Viana (PT), governador do
Acre
Qual a suspeita: Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo
Odebrecht, Tião Viana é suspeito de receber R$ 2 milhões na campanha de 2010,
sendo R$ 500 mil como doação oficial, a pedido do irmão, o senador Jorge Viana
(PT)
O que ele diz: "Neste
momento dantesco da vida nacional, parece que nenhuma linha fina separa a honra
da desonestidade. Tenho um histórico de combate à corrupção como ativista
político, senador da República e governador do Acre. Defendo a apuração de
qualquer fato suspeito e a punição de qualquer um que tenha culpa provada.
Portanto, também tenho integridade, coerência e coragem para não aceitar a
sanha condenatória de setores poderosos que destroem reputações tomando apenas
a delação interessada de corruptos apanhados no crime. Sobre a construtora
Odebrecht, afirmo nunca realizou qualquer obra no Estado do Acre, portanto, nem
sequer poderia ter aqui qualquer tipo de interesse escuso ou legal. Nunca me
reuni com o senhor Marcelo Odebrecht, com nenhum executivo da sua empresa nem
de qualquer outra envolvida na Operação Lava a Jato. Outra canalhice já tentou
envolver o meu nome em ataque semelhante, mas o Superior Tribunal de Justiça
reconheceu a minha inocência por unanimidade e a Procuradoria-Geral da
República pediu o arquivamento do caso. As contas das minhas campanhas são
públicas e foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Confio na Justiça,
defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais
cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra.
Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão,
essa podridão está longe de mim."
Eunício Oliveira (PMDB-CE),
presidente do Senado
Qual a suspeita: De acordo com a delação de funcionários da Odebrecht, o
presidente do Senado recebeu R$ 2 milhões para facilitar a conversão de medidas
provisórias em lei.
O que ele diz: "Não tenho
nenhuma informação sobre os nomes nem sobre os inquéritos. Os homens públicos
têm que estar sempre atentos e sem medo de fazer os enfrentamentos que a vida a
pública nos oferece. Vamos tocar a pauta do Senado naturalmente. Vamos tocar a
pauta com naturalidade."
Antônio Anastasia (PSDB-MG),
senador
Qual a suspeita: Citado em um dos inquéritos que tratam do senador Aécio
Neves, Anastasia é suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações
de campanha eleitoral em 2009 e 2010.
O que ele diz: "Em toda sua trajetória, Anastasia nunca tratou de
qualquer assunto ilícito com ninguém."
Romero Jucá Filho (PMDB-RR),
senador
O que ele diz: "Sempre
estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer
informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e
tive todas as minhas contas aprovadas."
Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG),
senador
Qual a suspeita: Citado em cinco inquéritos, ele é suspeito de receber
vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht em obras como das usinas de
Jirau e fraudes em licitação em MG.
O que ele diz: A assessoria do
senador informa, em nota, que ele "considera importante o fim do sigilo
sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao ministro Edson
Fachin na semana passada, e considera que assim será possível desmascarar as
mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta".
Renan Calheiros (PMDB-AL),
senador
O que ele diz: "A abertura
dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas acusações para,
enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos
seletivos de delações. Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso
não significa condenação prévia ou atestado de que alguma irregularidade foi
cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas,
como aconteceu com o primeiro", diz, em nota.
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE),
senador
Qual a suspeita: Segundo delações
de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano
Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico
Ferreira, em 2013, o então ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra
Coelho, recebeu valores que totalizaram R$ 1,05 milhão por intermédio de Iran
Padilha, indicado pelo próprio Bezerra.
O que ele diz: "A defesa
afirma que não foi oficialmente comunicada, tampouco teve acesso à referida
investigação. Fernando Bezerra mantém-se, como sempre esteve, à disposição das
autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam
necessitar."
Paulo Rocha (PT-PA), senador
O que ele diz: "Todos os recursos da minha companha de 2014 para o
Senado Federal foram repassados pela direção nacional e estadual do Partido dos
Trabalhadores e estão todos declarados nas prestações de contas junto ao TRE. A
utilização desses recursos, empresas doadoras e doadores individuais, enfatizo,
obedeceram estritamente às normas da legislação eleitoral em vigor daquele
ano."
Humberto Costa (PT-PE), senador
Qual a suspeita: Segundo delações de Marcelo Odebrecht, Rogério Santos de
Araújo, Márcio Faria da Silva, César Ramos Rocha, Hilberto Mascarenhas Alves da
Silva Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Humberto Costa foi indicado como
sendo o “Drácula” na planilha de propinas e é suspeito de solicitar vantagem
indevida em um contrato superfaturado entre a empreiteira e a Petrobras. Ele é
suspeito de ter recebido um pagamento de R$ 590 mil.
O que ele diz: Em nota, diz que
"espera a conclusão de inquérito aberto há mais de dois anos pelo STF, e
para o qual a Polícia Federal já se manifestou em favor do arquivamento -
aguarda ter acesso aos novos documentos para reunir as informações necessárias
à sua defesa". "O senador, que já abriu mão de todos os seus sigilos,
se coloca, como sempre o fez, à disposição das autoridades para todos os
esclarecimentos necessários."
Edison Lobão (PMDB-PA), senador
Qual a suspeita: Segundo
depoimento de Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador recebeu R$ 5,5
milhões para interferir junto ao governo federal para anular a adjudicação da
obra referente à Usina Hidrelétrica de Jirau.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB),
senador
O que ele diz: "Eu recebi, sim, uma doação da Braskem, que é do
grupo Odebrecht, na campanha de 2014. Essa doação foi devidamente declarada na
minha prestação de contas. Acontece que agora o Ministério Público Federal está
pedindo ao Supremo investigação, até mesmo, nessas doações legais porque começa
a surgir suspeitas de que alguns partidos fizeram lavagem de dinheiro através
das doações partidárias. E, cá para nós, tem que investigar, sim, até o fim,
para que tudo seja devidamente esclarecido", afirma, em postagem nas redes
sociais.
Jorge Viana (PT-AC), senador
Qual a suspeita: Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo
Odebrecht, Jorge Viana é suspeito de pedir R$ 2 milhões para a campanha de seu
irmão, Tião Viana (PT) ao governo do Acre em 2010.
O que ele diz: "Sobre o
envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há nenhuma denúncia de
corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em
2010. Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram
dentro da lei e feitas com dinheiro limpo."
Lídice da Mata (PSB-BA), senadora
Qual a suspeita: Segundo delação
de José de Carvalho Filho, a construtora repassou R$ 200 mil não contabilizados
à campanha dela ao Senado em 2010.
O que ela diz: "Acho muito
importante essa autorização do Supremo para a devida abertura dos inquéritos.
Espero que agora haja a quebra do sigilo de todo o processo, como ja havia
solicitado. Tenho a consciência tranquila e a confiança de que tudo será
esclarecido. A seriedade da minha vida pública fala por mim. Quem não deve não
teme."
Ciro Nogueira (PP-PI), senador
Dalírio José Beber (PSDB-SC),
senador
O que ele diz: "Recebo com
surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados. Não tive, até o
presente momento, qualquer acesso ao processo para conhecer o conteúdo do que
me é atribuído. Rechaço com veemência toda e qualquer denúncia de prática de
ilícitos. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo, pois minha consciência
em nada me acusa. Digo à sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses,
que sempre confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja
restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da
Justiça."
Ivo Cassol (PP-RO), senador
O que ele diz: O senador afirma
que sempre foi contra a isenção de impostos das usinas de Jirau e Santo Antônio
desde 2011 e que vai aguardar. “Mas eu posso dizer que para as usinas ou para a
campanha, eu não sei, se é algo do partido a nível nacional. Não tenho
conhecimento do que é o inquérito, então, por enquanto, eu não sei. Foi citado
meu nome e eu só sei que eu peitei e não demos isenção de imposto aí.”
Lindbergh Farias (PT-RJ), senador
O que ele diz: "Mais uma
vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das
outras vezes, estou convicto que o arquivamento será o único desfecho possível
para esse processo. Novamente justiça será feita."
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM),
senadora
O que ela diz: "A senadora
esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas
e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora
O que ela diz: "Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da
decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos
suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o
meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca
participei de corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de
grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos
necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando
no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a
base fundamental da minha defesa."
Fernando Collor de Mello
(PTC-AL), senador
Qual a suspeita: De acordo com depoimentos de Fernando Luiz Ayres da
Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas, o senador recebeu R$ 800 mil
não contabilizados para sua campanha eleitoral em 2010, pagos pelo Setor de
Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
José Serra (PSDB-SP), senador
Qual a suspeita: Segundo delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto,
Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo
da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto
Ribeiro Novis, Serra é suspeito de receber doações ilegais em troca de facilidades
em contratos no estado.
O que ele diz: Em nota, o senador José Serra afirma que não cometeu
nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido na
forma da lei. Segundo ele, a abertura do inquérito pelo STF servirá como
oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta.
Eduardo Braga (PMDB-AM), senador
Qual a suspeita: Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva,
Eduardo Braga recebeu R$ 1 milhão quando era governador do Amazonas da
Odebrecht, dinheiro relativo à construção da Ponte do Rio Negro.
O que ele diz: O senador
desconhece o conteúdo das informações que levaram a PGR a pedir abertura de
inquérito. "Vale destacar que a abertura de inquérito não significa que os
investigados respondam por qualquer tipo crime. O senador Eduardo Braga, em caso
de notificação, prestará todas as informações necessárias à Justiça."
Omar Aziz (PSD-AM), senador
Qual a suspeita: Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva,
José Lopes, empresário ligado a Omar Aziz, fazia pedidos de pagamentos à
Odebrecht para favorecer o consórcio da empresa na construção da Ponte do Rio
Negro.
O que ele diz: O senador não vai
se manifestar
Valdir Raupp (PMDB-RO), senador
O que ele diz: "Afirma que recebeu com tranquilidade a sua citação
na lista do ministro Fachin publicada no dia de hoje, baseada em declarações de
delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir. Este será o momento
que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido
foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Ricardo Ferraço (PSDB-ES),
senador
O que ele diz: "Foi com
absoluta perplexidade e indignação que eu recebi a informação de que meu nome
está incluído na chamada lista do Fachin. Toda minha campanha foi declarada e
como poderão constatar na prestação de contas no TSE, esta empresa não foi
doadora. Nunca tratei qualquer assunto com essas pessoas e tampouco autorizei
que alguém tratasse. Acionarei esses mentirosos judicialmente para que provem
as acusações."
Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente
da Câmara
Qual a suspeita: Elea é citado em
dois inquéritos de Fachin. Em um deles, segundo delação de Benedicto Barbosa,
João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José de Souza Filho e Luiza
Eduardo da Rocha Soares, ele é suspeito de receber R$ 950 mil da Odebrecht
durante as eleições de 2008 e 2010, além de receber pagamento para a aprovação
de medida provisória e na eleição de 2014. No outro inquérito, baseado em
delações de Marcelo e Emílio Odebrecht, Carlos Melo Filho e José de Carvalho
Filho, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil da Odebrecht em vantagem indevida
em troca da aprovação de três medidas provisórias que beneficiaram a empresa.
O que ele diz: Em entrevista, diz que confia na Justiça e que vai
continuar confiando sempre. Afirma ainda que as citações de delatores são
falsas e os inquéritos serão arquivados. Segundo ele, MP e Justiça estão
fazendo seu papel de forma competente.
Paulinho da Força (SD-SP),
deputado federal
O que ele diz: A assessoria
informa que o deputado vai se manifestar quando tiver informações oficiais.
Marco Maia (PT-RS), deputado
federal
O que ele diz: O deputado diz que a lista é uma grande mentira e que em
nenhum momento fez algum contato ou pedido à Odebrecht. Ele afirma que pretende
processar todos os que o citaram e também entrar com um pedido no STF para
saber do que é acusado.
Carlos Zarattini (PT-SP),
deputado federal
O que ele diz: A assessoria de imprensa informa que ele não vai se
pronunciar.
João Carlos Bacelar (PR-BA),
deputado federal
O que ele diz: O deputado diz
que as acusações não são verdadeiras e que ele confia no poder Judiciário.
Milton Monti (PR-SP), deputado
federal
O que ele diz: Por meio de nota, o deputado informa que sempre agiu de
acordo com a lei e que todas as doações das campanhas eleitorais foram feitas
legalmente. "É bom que se apure porque assim a inocência dele será
comprovada."
José Carlos Aleluia (DEM-BA),
deputado federal
O que ele diz: "O ministro
Fachin autorizou investigar todos, sem distinção, e fez bem. Todo homem público
tem que estar ponto para ser investigado. Estou tanquilo e convicto de que esse
procedimento vai ser arquivado. Todas as doações de campanha que recebi foram
legais e estão declaradas."
Daniel Almeida (PCdoB-BA),
deputado federal
O que ele diz: "Sobre as notícias citando o meu nome em possível
investigação no STF, não tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros
conhecem minha trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum
inquérito for aberto, tenho total convicção que o destino será o
arquivamento."
Mário Negromonte Jr. (PP-BA),
deputado federal
Nelson Pellegrino (PT-BA),
deputado federal
O que ele diz: "Estou
tranquilo. Meu advogado vai requerer o conteúdo ao STF e, após o conhecimento
dos termos, me manifestarei."
Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado
federal
Maria do Rosário (PT-RS),
deputada federal
O que ela diz: A deputada está em deslocamento para Porto Alegre e
ainda não se manifestou.
Ônix Lorenzoni (DEM-RS), deputado
federal
O que ele diz: O deputado afirma
que recebeu com surpresa a informação e que foi injusta e indevidamente citado.
Ele diz também que já pediu ao advogado para que entre com requerimento para
saber do que é acusado.
Vicente Paulo da Silva (PT-SP), deputado federal
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA),
deputado federal
Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada
federal
O que ela diz: "A todos os
que buscam minha manifestação: o ministro Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo, ofereceu hoje listas de centenas de pessoas indicadas pelo PGR Rodrigo
Janot para abertura de inquérito. Numa delas consta meu nome. Transparência é
fundamental, e aguardamos ainda o levantamento do sigilo das delações que
embasaram a decisão do Procurador Janot e do Ministro Fachin. Embora
desconhecendo ainda as razões que o levaram a elaborar estas listas, considero
fundamental tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que os
inquéritos hoje autorizados sejam feitos e concluídos com a celeridade
requerida por mim e por toda a população brasileira, separando o joio do trigo
e promovendo a Justiça de que tanto o país precisa. Caso contrário cria-se a
imagem de que todos os políticos são iguais. E não somos."
Paulo Henrique Lustosa (PP-CE),
deputado federal
O que ele diz: Paulo Henrique Lustosa diz que acreditou ter recebido
doação de campanha para o partido e não de caixa 2, como citado na delação
Odebrecht.
José Reinaldo (PSB-MA), deputado
federal
João Paulo Papa (PSDB-SP),
deputado federal
O que ele diz: "Assim que
tomar conhecimento do processo, poderei me manifestar. Em 30 anos de vida
pública e três eleições, tive todas as prestações de contas aprovadas pela
Justiça Eleitoral."
Vander Loubet (PT-MS), deputado
federal
O que ele diz: "Ele informa que vai aguardar a manifestação
oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) para se pronunciar acerca da
informação de abertura de inquérito [...]. O parlamentar reforça que todas as
contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas
em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado
federal
O que ele diz: "Jamais
recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais. Sou o maior
interessado para que esse assunto seja esclarecido o mais breve possível."
Cacá Leão (PP-BA), deputado
federal
Celso Russomano (PRB-SP),
deputado federal
Dimas Fabiano Toledo (PP-MG),
deputado federal
O que ele diz: Dimas Fabiano diz
que jamais manteve contato com qualquer executivo da Odebrecht, não tendo sido
destinatário de recursos alegadamente doados ou disponibilizados pela referida
empresa. "A eventual utilização do nome do deputado por terceiros com
propósitos espúrios – seja para solicitar recursos, seja para obter benefícios
em delação – é prática absolutamente irresponsável e criminosa."
Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado
federal
Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA),
deputado federal
Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado
federal
O que ele diz: Uma nota conjunta
foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo deputado Daniel Vilela
(PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em
2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela referida Corte. As
prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam
que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos
refutam qualquer acusação."
Alfredo Nascimento (PR-AM),
deputado federal
Zeca Dirceu (PT-SP), deputado
federal
O que ele diz: O deputado reitera que não há e nunca houve qualquer
tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às
empresas investigadas na Lava Jato. "Apesar das inúmeras investigações em
andamento há vários anos, não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato,
agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer
atitude do parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras / Lava Jato ou a
qualquer tipo de ilegalidade. É importante destacar que nunca houve qualquer
pedido do parlamentar a envolvidos na Lava Jato, fato já testemunhado por
vários outros delatores e agora comprovado pelo próprio delator Fernando Luiz
Ayres da Cunha Santos Reis. Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e
de 2014 foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem
ressalvas. Os nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010,
divulgados constantemente pelos órgãos de imprensa. O deputado reforça sua
confiança no Supremo Tribunal Federal e no trabalho de investigação da Polícia
Federal."
Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado
federal
O que ele diz: "O parlamentar
esclarece que teve todas as contas de campanha contabilizadas e aprovadas pela
Justiça Eleitoral; pedirá acesso à íntegra do referido inquérito; jamais
defendeu interesses privados em detrimento do interesse público; nunca teve
encontros com os referidos delatores mencionados pela imprensa; tem total
interesse que o caso seja o mais rapidamente esclarecido."
Zeca do PT (PT-MS), deputado
federal
O que ele diz: "Tomei conhecimento agora há pouco do inteiro teor
da denúncia contra minha pessoa acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Diz a denúncia, que o delator do Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$
400 mil para minha campanha a Governador em 2006. Em seguida diz o mesmo
delator, que tendo ocorrido minha desistência da candidatura naquela eleição, o
referido valor foi repassado ao Senador Delcídio, candidato do PT ao governo,
com o qual mantinha detalhadas reuniões, segundo o mesmo delator. Ocorre ai um
erro enorme. Fui eleito governador em 1998 e reeleito em 2002. Portanto em 2006
estava impedido de ser candidato a governador e não disputei nenhum cargo
naquela eleição. Apoiei o nosso candidato, mas não tive nenhuma outra
responsabilidade, seja de captação, seja de prestação de contas junto a Justiça
Eleitoral. Esperando ter esclarecido a opinião pública, peço reparação da
injustiça cometida nesta denúncia."
Vicente Cândido (PT-SP), deputado
federal
Júlio Lopes (PP-RJ), deputado
federal
O que ele diz: "Sobre a
autorização do ministro Edson Fachin para abertura de inquérito para investigar
o deputado Julio Lopes, informo: O deputado Julio Lopes confia no trabalho das
instituições e se coloca à disposição da Justiça para colaborar com informações
que vão esclarecer todos os fatos. O parlamentar reitera que todas as suas
contas eleitorais foram aprovadas pela Justiça."
Fábio Faria (PSD-RN), deputado
federal
Heráclito Fortes (PSB-PI),
deputado federal
O que ele diz: "Ele não tem
conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito formulado pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não pode, portanto, se manifestar
acerca da reportagem do jornal O Estado de S.Paulo sem ser leviano e
especulativo."
Beto Mansur (PRB-SP), deputado
federal
O que ele diz: "Recebi
doações feitas por empresas, dentre elas a Odebrecht, para minha campanha
eleitoral. Essas doações foram efetuadas dentro da legislação vigente à época.
Todas essas doações constam da minha prestação de contas, aprovada pela Justiça
Eleitoral, com o nome da empresa, CNPJ, data e valor. Não há nada de errado e
tudo foi feito com transparência e rigorosamente dentro da lei."
Antônio Brito (PSD-BA), deputado
federal
O que ele diz: "Antonio
Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização para
apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez
que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos
fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha
de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Décio Lima (PT-SC), deputado
federal
O que ele diz: "Em relação a menção do meu nome nas investigações
do Supremo Tribunal Federal, recebo com tranquilidade, uma vez que confio que a
verdade prevalecerá e a justiça será feita. Declaro que sou o maior interessado
no esclarecimento de toda esta situação. É importante destacar que não sou réu
nem investigado em nenhum processo da Lava Jato. A minha vida pública sempre
foi pautada pela ética, lisura e transparência e a minha história demonstra a
preocupação com a legalidade de todos os meus atos."
Arlindo Chinaglia (PT-SP),
deputado federal
O que ele diz: "Frente à
divulgação de uma lista em que o nome do deputado de forma surpreendente
aparece, e por não saber onde e de que maneira foi citado, o deputado está
determinado a buscar, junto ao Supremo Tribunal Federal, todas as informações
para que a verdade prevaleça."
Ana Paula Lima (PT-SC), deputada
estadual
O que ela diz: "Declaro
serenidade e estou à disposição das autoridades competentes para prestar todos
os esclarecimentos. Afirmo que não sou ré nem investigada em nenhum processo da
Lava Jato. Afirmo que as doações à minha campanha eleitoral foram declaradas e
aprovadas pelos órgãos competentes, e que minha conduta pública é regida pelos
princípios da ética, moral e legalidade."
Vital do Rêgo Filho, ministro do
Tribunal de Contas da União
O que ele diz: "O ministro
do TCU Vital do Rêgo e sua defesa não tiveram acesso ao conteúdo do pedido de
abertura de inquérito mencionado pela imprensa. O ministro está à disposição
das autoridades e confia que será comprovada a falta de relação entre ele e os
fatos investigados."
Rosalba Ciarlini (PP), prefeita
de Mossoró (RN) e ex-governadora do Estado
O quela ela diz: Ela diz que nunca recebeu doação de campanha da
Odebrecht nem contratou qualquer obra ou serviço com essa empresa ou grupo.
Afirma ainda que isso prova a completa improcedência da referência a seu nomes.
Valdemar da Costa Neto (PR)
O que ele diz: "O Partido
da República, como é do conhecimento do público, tem por norma não comentar
conteúdos que serão objeto de exame do poder Judiciário."
Luís Alberto Maguito Vilela,
ex-senador da República e prefeito de Aparecida de Goiânia entre os anos de
2012 e 2014
O que ele diz: Uma nota conjunta
foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo deputado Daniel Vilela
(PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em
2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela referida Corte. As
prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam
que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos
refutam qualquer acusação."
Edvaldo Pereira de Brito,
candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
O que ele diz: "Antonio Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem
a notícia da autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010
com total serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual será
possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais
recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e aprovadas nas
prestações de contas ao TSE."
Oswaldo Borges da Costa,
ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
Cândido Vaccarezza, ex-deputado
federal pelo PT
Guido Mantega, ex-ministro
O que ele diz: O advogado José
Roberto Batochio diz que a defesa de Mantega ainda não conhece os motivos para
abertura do inquérito e que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao teor da
denúncia.
César Maia (DEM), vereador,
ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
O que ele diz: César Maia afirma que a investigação vai mostrar que ele
nunca recebeu doação da Odebrecht, somente do partido. Segundo ele, a
construtora doou primeiro ao partido, depois repassou os valores a ele. Ele
afirma que só soube disso na abertura das contas.
Paulo Bernardo da Silva,
ex-ministro
O que ele diz: Paulo Bernardo nega ter feito esse pedido e informa que
não teve qualquer conversa com executivos da Odebrecht para tratar da inclusão
da obra no PAC. "Ela foi incluída de maneira absolutamente lícita e
atendendo a reivindicação da bancada federal do RS, sem qualquer participação
da empresa Odebrecht", afirma a advogada Verônica Sterman.
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito
do Rio de Janeiro
O que ele diz: O ex-prefeito afirma que nunca aceitou propina para
beneficiar os interesses da Odebrecht. Diz ainda que nunca teve contas no
exterior e que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição doram
devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
José Dirceu
O que ele diz: O advogado
Roberto Podval diz que só vai comentar após ter conhecimento da íntegra da
denúncia.
Napoleão Bernardes, prefeito de
Blumenau (SC)
O que ele diz: "Recebo essa
informação com perplexidade e com indignação. Sou o mais interessado e o
primeiro interessado que a verdade seja estabelecida. E a verdade é comprovar a
minha mais absoluta isenção em relação a esses fatos, que eu nem sei do que se
tratam. Simplesmente é uma menção em uma lista e que não menciona o que se
disse, o que se fez. Isso nos deixa perplexos e indignados por um lado, mas eu
tenho a mais absoluta consciência tranquila em relação a que a verdade dos
fatos vai demonstrar a nossa isenção. Meu governo é pautado por ética,
seriedade, transparência, credibilidade. A minha vida pública se confunde com a
minha própria história de vida. Pessoas de Blumenau me viram crescer e todos
sabem da minha inocência, da minha retidão, do meu compromisso com a ética, do
meu compromisso com o respeito ao interesse público e eu tenho certeza que isso
haverá de ser comprovado e a justiça vai ser estabelecida. E a justiça é
demonstrar toda a credibilidade, seriedade, honestidade das nossas ações.
"
João Carlos Gonçalves Ribeiro,
ex-secretário de Planejamento do governo de Rondônia
O que ele diz: Não atendeu às
ligações
Ulisses César Martins de Sousa,
advogado e ex-procurador-geral do Estado do Maranhão
O que ele diz: "O Dr. Ulisses César Martins de Sousa recebeu, com
surpresa, a notícia de que seu nome teria sido incluído na denominada 'lista da
Odebrecht'. Ele não pode se manifestar sobre as delações antes de conhecer seu
conteúdo."
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá,
candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romero Jucá
O que ele diz: A assessoria
informa que desconhece que o nome dele esteja na lista.
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de
Aécio Neves
O que ele diz: Paulo Vasconcelos
afirma que conduziu todas as campanhas das quais participou dentro do que
estava previsto na lei. "Essas delações contêm informações falsas, que
serão desmentidas ao longo das investigações."
Eron Bezerra, marido da senadora
Vanessa Grazziotin
O que ele diz: "Eu não sei
nem que diabo é [a operação Lava Jato]. Eu nunca tive contato com a Odebrecht,
portanto eu não sei nem do que se trata [a lista do Fachin]. Infelizmente isso
virou um negócio genérico. Eu não tenho a menor condição de opinar [sobre
isso]. Eu repito: nunca tive contato com a Odebrecht, com Camargo Correia,
Gutierrez ou com qualquer empreiteira dessas, portanto não sei como apareceu
meu nome em uma relação de pessoas que receberam doação. É mais uma
irresponsabilidade das muitas que acontecem nessa época de caça às
bruxas."
Moisés Pinto Gomes, marido da
senadora Kátia Abreu
O que ele diz: "Lamentavelmente,
por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho,
neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas
acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em
toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei
participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição
para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar
qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e
pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha
defesa", diz a nota conjunta com a mulher, Kátia Abreu.
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do
Cabo de Santo Agostinho
O que ele diz: A assessoria do ex-prefeito informa que ele nega ter
recebido qualquer recurso de forma ilícita para sua campanha eleitoral em 2012,
que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, que não tem nada a
temer e se coloca à disposição da Justiça para fazer os esclarecimentos
necessários.
José Feliciano
Outros 10 políticos da lista de Janot, incluídos
inicialmente na relação de inquéritos abertos, tiveram, na verdade, um pedido
de retorno à PGR para nova manifestação, segundo o STF. Os inquéritos deles
ainda não foram abertos.
São eles:
Roberto Freire (PPS), ministro da
Cultura
Qual a suspeita: Segundo delações
de Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedito Barbosa da Silva Júnior, Freire
recebeu R$ 200 mil durante campanha a deputado federal em 2010.
O que ele diz: O ministro só irá se manifestar sobre a abertura de
inquérito quando tiver acesso ao teor das delações. "O ministro,
entretanto, reforça sua idoneidade em toda a sua trajetória política e sua
disposição em contribuir com os esclarecimentos necessários à Justiça."
Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador
O que ele diz: “O meu nome foi
citado na 'lista de Fachin' junto ao da senadora Maria do Carmo (DEM-SE) e que
o então prefeito João Alves (DEM-SE) teria solicitado R$ 600 mil para as duas
campanhas em 2014. Gostaria de esclarecer que não autorizei ninguém a pedir
valores para a campanha em meu nome, nunca tive qualquer contato e não conheço
os empresários Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis e Alexandre José Lopes
Barradas – delatores da Lava Jato. Nunca e em tempo algum pedi nada a Odebrecht
e, repito, não autorizei ninguém a solicitar dinheiro e muito menos tive
conhecimento disso. A minha campanha não utilizou recursos de caixa dois. E
isso fica comprovado, inclusive, na denúncia divulgada, onde meu nome não
aparece como requerente nem recebedor destes recursos. Quem solicitou valores
aos empresários para uso em caixa dois, que explique e responda pelos seus
atos. Todas as doações da minha campanha foram oficiais, declaradas e
encontram-se à disposição no site do TSE. No mais, estou à disposição da
Justiça para possíveis esclarecimentos.”
Maria do Carmo Alves (DEM-SE),
senadora
O que ela diz: "A senadora Maria do Carmo recebeu com surpresa a
noticia de que havia sido citada em uma das delações da Lava-Jato e vai aguardar
os desdobramentos da investigação para poder se pronunciar."
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN),
senador
José Agripino Maia (DEM-RN),
senador
O que ele diz: "Mesmo não
tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das menções a mim
atribuídas, coloco-me à disposição da justiça para colaborar com as
investigações que se venham a requerer", diz, em nota.
Marta Suplicy (PMDB-SP), senadora
O que ela diz: "Vimos esclarecer que o ministro Edson Fachin não
determinou a abertura de investigação contra a senadora Marta Suplicy, mas,
sim, retornou a denúncia para o procurador-geral Rodrigo Janot para avaliar a
extinção de punibilidade. Os fatos mencionados na delação são inteiramente
falsos. A conduta da senadora Marta Suplicy sempre foi baseada nos princípios éticos
que marcam toda sua vida pública."
Felipe Maia (DEM-RN), deputado
federal
Jarbas de Andrade Vasconcelos
(PMDB-PE), deputado federal
O que ele diz: "O deputado
federal Jarbas Vasconcelos esclarece que os recursos recebidos em suas
campanhas, proveniente da Odebrecht ou de qualquer outra empresa, foram
repassados dentro da lei e estão declarados e aprovados pela Justiça Eleitoral.
Todos os valores estão inclusive disponíveis no site do Tribunal Superior
Eleitoral de forma clara e transparente."
Fonte: G1