Durante a manifestação em
Londrina, a avenida J.K. ficou bloqueada. Os educadores escolheram o colégio Vicente Rijo, pois no local a Regional de Educação distribuía aulas aos professores contratados temporariamente.
De acordo com a Regional de Educação, apenas 150 professores foram convocados para assumir aulas em Londrina este ano. Em 2014, foram chamados 1.000 profissionais.
“A mobilização é pela escola pública. Não é para reivindicar apenas pelo salário, mas para mostrarmos o desmonte que o governador está fazendo com a educação. Com essas medidas, toda a comunidade está perdendo”, desabafa uma professora.
Greve geralOs funcionários públicos do Paraná ainda ameaçam entrar em greve geral, caso o pacote de medidas seja aprovado pela Assembleia Legislativa. Nesta sexta-feira, os servidores da Universidade Estadual de Londrina (
UEL) aprovaram por unanimidade a realização de um protesto na próxima segunda-feira (9). Os servidores ainda decidiram paralisar as atividades na terça-feira (10).
Os servidores ainda se reuniram em frente a reitoria da universidade para pedir uma reunião entre a instituição e o governo do estado.
Veja resumo das propostas do governo para equilibrar as contas:
- Professores: Coloca em salas de aula 12 mil professores que estavam afastados, ou em trabalhos administrativos.
- Auxílio transporte: Suspende o pagamento de auxílio transporte para professores afastados do trabalho.
- Fundos: Permite que o governo utilize fundos estaduais como os do Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública para cobrir quaisquer despesas.
- Tempo de serviço: Extingue a gratificação por tempo de serviço aos servidores. Os beneficiários terão o valor atual congelado, e os novos servidores não terão o direito aos quinquênios. Além disso, o percentual de anuênio para professores com mais de 25 anos de atividade, e servidores com mais de 30 anos de serviço, cairá de 5% para 0,1% ao ano. Segundo o Estado, o benefício já está contemplado nos planos de carreira.
- Previdência: Cria um regime de previdência complementar para os novos servidores do Estado, através da administração de uma nova fundação. Todos os Poderes e municípios do estado poderão aderir à Fundação PREVCOM Paraná. Também extingue o Fundo Previdenciário da Paraná Previdência e transfere o saldo para o Fundo Financeiro, além de dobrar a participação do Estado de 11% para 22% até 2016, enquanto os servidores manterão a contribuição de 11%.
- Nota Fiscal Paranaense: semelhante à Nota Fiscal Paulista, visa estimular a emissão de notas fiscais com a inclusão do CPF dos consumidores – que poderão participar do sorteio de prêmios.
- Parcelamento de tributos devidos: Poderão ser parceladas dívidas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e de outros tributos através de dois programas: Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), e Programa Incentivado de Parcelamento de Débitos (PPD). O programa vale para dívidas existentes até 31 de dezembro de 2014.
- Cadin: O Cadastro Informativo Estadual terá por objetivo combater a inadimplência no recolhimento de tributos.
- Dívida Ativa: criação de Sociedades de Propósito Específico (SPE) ou Fundos de Investimento para realizar a securitização de dívida ativa.
- Ciência e Tecnologia: Aumenta de 1% para 1,5% o percentual a ser destinado ao fomento de pesquisa científica e tecnológica. Também coloca as folhas de pagamento das universidades estaduais dentro da base onde estão todos servidores do Estado do Paraná.
- Representação judicial: Os agentes públicos poderão ser representados judicialmente pela Procuradoria Geral do Estado em casos decorrentes de atos praticados no exercício de suas atividades.
- Obrigações de Pequeno Valor (OPV): Estabelece teto de R$ 12 mil para pagamento de OPV pela Secretaria da Fazenda.
- Guia de Recolhimento: Cria a única Guia de Recolhimento de impostos e taxas no Paraná.
Fonte : G1