De acordo com a PRF
(Polícia Rodoviária Federal) a colisão frontal resultou em uma vítima com
ferimentos leves.
O trecho da rodovia
precisou ser interditado por conta do óleo que ficou espalhado pela pista.
Ainda não há previsão para liberação da rodovia.

Caminhão boiadeiro bate de frente com F-250 na PR-444 em
Arapongas.
O motorista de uma
caminhonete modelo F-250 ficou ferido após colidir com um caminhão boiadeiro na
rodovia PR-444, no município de Arapongas (PR), no início da tarde deste
domingo (14). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por
volta das13h00.
Equipes do Serviço de
Atendimento Médico e Urgência (Samu) de Arapongas e do Serviço Integrado de
Atendimento a Traumas e Emergência (Siate) do Corpo de Bombeiros de Mandaguari
(PR) foram acionadas para prestar socorro.
O caminhão, que estava
transportando gado de corte, acabou tombando após a colisão com a caminhonete
Ford F-250. O motorista do caminhão sofreu apenas escoriações. Já o motorista
da caminhonete sofreu uma fratura de membro superior, mas ficou consciente e
orientado após a colisão. Ele foi encaminhado para atendimento médico no
Hospital Norte do Paraná (Honpar). A caminhonete ficou totalmente destruída.
A princípio, nenhum
animal que era transportado no caminhão teria morrido. A Polícia Rodoviária
Estadual (PRE) foi acionada. Chovia no momento do acidente e a pista chegou a
ficar parcialmente bloqueada.

Governo Lula fala em preocupação com ataque a Israel, mas não
condena ação do Irã.

O governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva evitou condenar publicamente o ataque do Irã a Israel
neste sábado, 13. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que
acompanha “com grave preocupação” o ataque de drones do Irã a Israel.
O governo brasileiro
fez um apelo “a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção”, para
“evitar uma escalada” do conflito, mas não criticou a ação iraniana. No mundo,
líderes dos principais países ocidentais condenaram o ataque.
“O Governo brasileiro
acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã
em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.
Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem
alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à
Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã”,
diz o texto do Itamaraty.
“O Brasil apela a todas
as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade
internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, diz a
nota, recomendando ainda que sejam evitadas viagens “não essenciais” à região.
O MRE pede ainda aos brasileiros que já estão no oriente médio que “sigam as
orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas
brasileiras”.
O ataque massivo de
drones e de mísseis, é uma resposta do regime iraniano ao bombardeio israelense
à embaixada do Irã na Síria, no dia 1º de abril deste ano. O bombardeio matou
três comandantes da Guarda Revolucionária iraniana, inclusive o comandante
sênior Mohammad Reza Zahedi. O regime dos aiatolás vinha prometendo uma
resposta militar à agressão israelense desde então.
Por enquanto, o único
integrante do governo a se manifestar individualmente sobre o assunto foi o
ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que condenou a ação
militar iraniana, mas também criticou o país atacado. Em sua conta no X (antigo
Twitter), o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) pediu o fim das
ações de Israel em Gaza.
“Condenamos o ataque do
Irã sobre Israel. Queremos paz no Oriente Médio. Exigimos o fim dos ataques à
Gaza por parte de Israel”, disse. “Evidentemente, ao condenar o ataque do Irã a
Israel condenamos igualmente o ataque de Israel à embaixada iraniana na Síria.
O mundo precisa ajudar a evitar a presente escalada bélica no Oriente Médio”, acrescentou
ele em outro post.
Nos últimos meses, o
governo Lula vem acumulando atritos com o governo do primeiro-ministro de
Israel, Benjamin Netanyahu. O ponto mais elevado dos atritos foi em fevereiro,
quando o Estado israelense passou a considerar o petista “persona non grata” no
país do oriente médio. Na diplomacia, “persona non grata” é aquela que não é
bem-vinda a um país. A declaração veio depois que Lula comparou o conflito
entre Israel e o Hamas ao holocausto de judeus promovido pela Alemanha hitlerista
na Segunda Guerra mundial,
“O que está acontecendo
em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler
resolveu matar os judeus”, disse Lula, sem usar o termo “holocausto”. O petista
também criticou o Estado de Israel por supostamente descumprir decisões da Organização
das Nações Unidas. Disse ainda defender a criação de um Estado palestino. Para
Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra
entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é
uma guerra, é um genocídio”, disse. A fala se deu durante uma entrevista a
jornalistas em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Após a fala de Lula, o
ministro das relações exteriores, Israel Katz, convocou o embaixador brasileiro
no país, Frederico Meyer, para uma reprimenda no Memorial do Holocausto, o Yad
Vashem. O gesto não é usual, pois reuniões deste tipo costumam acontecer de
forma privada, na sede da chancelaria. Durante o encontro, feito em público e
com a presença da mídia, o ministro israelense mostrou ao embaixador brasileiro
os nomes de familiares dele vitimados pelo regime do III Reich de Adolf Hitler.
Meyer foi chamado de volta ao Brasil “para consultas”, após o incidente.
O primeiro atrito entre
o PT e Israel se deu pouco depois do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023,
que deu início ao conflito. Direcionada contra a população civil, a ação do
grupo terrorista vitimou 1,2 mil israelenses e resultou na captura de centenas
de reféns. Poucos dias depois, o PT publicou nota equiparando o ataque
terrorista – o maior em número de vítimas desde o 11 de setembro de 2001 – a um
suposto genocídio contra a população de Gaza perpetrado por Israel.
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“Condenamos os ataques
inaceitáveis, assassinatos e sequestros de civis cometidos, tanto pelo Hamas
quanto pelo Estado de Israel, que realiza neste exato momento um genocídio
contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, diz a
nota do partido.
Em resposta, a
embaixada israelense no Brasil afirmou que “É muito lamentável que um partido
que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai
de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo
israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos”.
Países ocidentais
condenam ataque iraniano
Líderes dos principais
países ocidentais condenaram a ação militar iraniana na tarde e noite deste
sábado. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, postou uma foto de uma
reunião com seus conselheiros para assuntos de segurança nacional. “Nosso
compromisso com a segurança de Israel contra ameaças do Irã e seus
representantes é inflexível”, escreveu ele no X, antigo Twitter.
Em Bruxelas, o Alto
Representante da União Europeia para Assuntos Estrangeiros, Josep Borrell
Fontelles, disse que o bloco “condena fortemente” o “inaceitável ataque” do
Irã, e que este representa uma “escalada sem precedentes e uma grave ameaça à
segurança na região”.
O primeiro-ministro
britânico, Rishi Sunak, publicou uma nota na qual condenou “nos mais fortes
termos o ataque irresponsável do regime iraniano contra Israel”. “O Irã
demonstra mais uma vez sua intenção de semear o caos no seu próprio quintal. O
Reino Unido continuará a defender a segurança de Israel e de todos os nossos
parceiros na região, incluindo o Reino da Jordânia e o Iraque”, disse. “Junto
com nossos aliados, estamos trabalhando de forma urgente para estabilizar a
situação e evitar que (o conflito) escale ainda mais. Ninguém quer ver mais
derramamento de sangue”, diz o texto.
O secretário-geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse “condenar
fortemente a séria escalada representada pelo ataque em larga escala lançado
pelo Irã contra Israel”. “Eu peço pela cessação imediata das hostilidades. Nem
a região e nem o mundo podem suportar outra guerra”, disse.
O ministro das relações
exteriores da França, Stéphane Séjourné, disse que a República Francesa
“condena nos mais veementes termos o ataque lançado pelo Irã contra Israel”.
“Ao decidir por uma ação tão sem precedentes, o Irã está a dar um novo passo
nas suas ações desestabilizadoras e a assumir o risco de uma escalada militar”,
disse ele.
A ministra alemã para
assuntos estrangeiros, Annalena Baerbock, disse que o país “condena fortemente
o ataque em andamento, que pode lançar toda a região no caos”. Segundo ela, o
“Irã e seus peões devem parar com isto imediatamente. Israel tem nossa completa
solidariedade neste momento”, disse.
O presidente da
Argentina, Javier Milei, divulgou comunicado em sua rede social prestando
solidariedade ao povo de Israel por conta do ataque iraniano e disse que
respeita o direito de defesa dos israelenses diante de “regimes que promovem o
terror”.
Na Espanha, o
presidente Pedro Sánchez disse estar acompanhando “com máxima preocupação os
acontecimentos no Oriente Médio. Há que se evitar a todo custo uma escalada
(bélica) regional”. “Estamos em contato permanente com as embaixadas
(espanholas) na região, que permanecem ativas, para atender aos espanhois no
local”.

FAB afirma estar de prontidão para resgatar brasileiros que
vivem em áreas de conflito no Oriente Médio.
A Força Aérea
Brasileira (FAB) afirmou estar de prontidão para resgatar brasileiros que vivem
em áreas de conflito no Oriente Médio. O órgão emitiu uma nota no início da
tarde deste domingo (14), horas depois de o Irã atacar Israel com drones e
mísseis.
No comunicado, a FAB
afirmou estar “preparada e pronta” para atender a qualquer pedido de resgate,
desde que acionada pelas autoridades competentes. “Para isso, mantém-se em
constante prontidão, com suas tripulações e aeronaves, para se fazer presente
onde o Brasil precisar”, destaca o texto.
A FAB também informou
que a permanente preparação possibilita a atuação em qualquer hora. “Não
somente em relação a missões específicas, mas a quaisquer necessidades, sendo
esta prontidão ininterrupta para agir em apoio à sociedade”, conclui o
comunicado.
Desde o início da
guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, em outubro do ano passado, a
Operação Voltando em Paz da FAB fez 13 voos que trouxeram cerca de 1,5 mil
pessoas ao Brasil, entre cidadãos brasileiros e parentes próximos. Do total de
voos, três repatriaram pessoas que viviam na Faixa de Gaza.

Banco Mundial alerta para horizonte ‘sombrio’ e maior
disparidade de renda em países pobres.
Os países mais pobres,
que abrigam um quarto da população global – 1,9 bilhão de pessoas -, enfrentam
uma realidade sombria à frente, alerta o Banco Mundial, em relatório publicado
hoje. Metade das 75 nações mais vulneráveis estão sofrendo, pela primeira vez
neste século, um aumento da disparidade de renda em relação às economias mais
ricas, conforme o organismo, com sede em Washington DC, nos Estados Unidos.
“As perspectivas para
os países mais vulneráveis do mundo são sombrias”, diz o Banco Mundial, no estudo
‘A grande reversão: Perspectivas, riscos e políticas nos países da Associação
Internacional de Desenvolvimento (AID)’.
Esses países já
enfrentavam desafios mais significativos antes mesmo da pandemia da covid-19,
conforme o órgão multilateral. No entanto, agora, passam o que o Banco Mundial
classificou como uma “reversão histórica”.
Entre os anos 2020 e
2024, a renda média per capita em metade dos países da AID, a maior proporção
alcançada neste século, têm crescido mais lentamente do que nas economias
ricas. No ano, não chega a US$ 1.315. Como resultado, a disparidade de renda
entre os dois mundos segue aumentando nos últimos anos, alerta o Banco Mundial.
O estudo aponta que um
em cada três países da AID é hoje, em média, mais pobre do que era às vésperas
da pandemia. Além disso, a taxa de pobreza extrema é mais de oito vezes
superior à média do restante do mundo. Isso significa que uma em cada quatro
pessoas nos países da AID sobrevive com menos de US$ 2,15 por dia.
Responsáveis por 90% da
população que passa fome ou é subnutrida, metade desses países está em situação
de superendividamento ou corre elevados riscos de chegar numa situação de
crise. O Banco Mundial afirma ainda que credores públicos privados têm virado
as costas para essas nações.
“O mundo não pode se
dar ao luxo de virar as costas aos países da AID”, diz o economista-chefe e
vice-presidente sênior do Grupo Banco Mundial, Indermit Gill, ao comentar o
estudo. Ele cobra ajuda da comunidade internacional e lembra que três das
atuais potências econômicas mundiais – China, Índia e Coreia do Sul – já foram
mutuárias da AID.
O estudo do Banco
Mundial mostra ainda que, embora o mundo enfrente o envelhecimento da sua
população, os países mais pobres têm um “dividendo demográfico” em potencial,
com uma parcela crescente de trabalhadores jovens até 2070.
Outros pontos positivos
são o elevado potencial de produção de energia solar e enormes reservas de
minerais, consideradas cruciais para a transição para uma matriz mais limpa.
“Os países da AID possuem recursos naturais substanciais. Representam cerca de
20% da produção mundial de estanho, cobre e ouro”, diz o estudo do Banco
Mundial.
Em cerca de um terço
dos países mais pobres do mundo, as médias diárias do potencial de energia
fotovoltaica a longo prazo superam 4,5 quilowatts-hora por pico de quilowatts
instalado (kWh/kWp). Em comparação, Brasil, China e Índia têm potencial de
médio alcance, de 3,4 a 4,5 kWh/kWp, compara o organismo.
