Hoje o assunto do blog é a birra do bebê. Você já passou por essa fase com seu filho?
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Foto: bebe.com.br |
Até bem pouco tempo atrás, eu diria que uns 15 dias, eu contava para as pessoas que estava num momento lua-de-mel com a Catarina (com exceção da acordada noturna, é claro). Durante o dia tudo corria bem: ela me entendia cada vez melhor, também se fazia entender com mais facilidade, e assim nós seguíamos, brincando o dia inteiro nesse verão de tardes quentes. Como ela não discutia as ordens, muito pelo contrário, se esforçava em atender o que eu pedia, meu bom humor estava lá nas alturas. Mas eu sabia uma hora isso iria acabar.
Agora foi oficialmente aberta a temporada das birras. Catarina começou a ter vontades: dependendo da hora não quer sentar no cadeirão para comer (quer sentar na cadeira da mesa, como mamãe e papai), não quer sair para passear e sim ficar em casa (até eu falar que vai ver o cachorro lá fora, aí sai correndo), joga as coisas no chão quando percebe que estou falando com outra pessoa sem lhe dar atenção… E fica só me olhando, para ver a minha reação, a danadinha.
Conversando com uma leitora do blog outro dia, ela me contou que está passando pela mesma coisa com o filho de 1 ano e 5 meses. E perguntou se eu tinha alguma dica sobre o assunto.
Bom, vamos então discutir um pouco a birra. Primeiro ponto: nós sabemos que ela faz parte do desenvolvimento, ou seja, é normal, todo bebê passa por isso, alguns com maior outros com menor intensidade (e só tende a piorar por volta dos 2 anos, que é a famosa idade conhecida em inglês como “terrible two”). Sim, ele é só um bebezinho mas já quer alguma coisa. E muitas vezes não sabe expressar verbalmente suas necessidades ou desejos. Tentar se antecipar ao colapso e entender o que o bebê está pedindo é uma primeira alternativa no lidar com a birra.
Outro ponto: criança com fome ou cansada fica MUITO mais birrenta. Está na hora da soneca e você está no meio do shopping tentando fazer com que ele suba no carrinho? Pode esperar problema! Eu tento, na medida do possível, preservar os horários das sonecas, mesmo nos fins de semana, pois sei que do contrário terei dor de cabeça com a pequena. E se não der, paciência, aguento um pouco de choro, que faz parte da vida de toda mãe.
Mas tem horas em que a birra vem do nada, simplesmente porque o bebê resolveu contrariar (e é o que mais irrita, porque você sabe que está sendo testada). Nessa hora a minha política é a de distrair a Catarina, chamando a atenção para outra coisa. “Não quer sair do parquinho? Mas olha aquela nuvem passando ali, vamos ver se da janela de casa dá para ver melhor?” Ou, o que eu percebi que funciona bastante é valorizar uma atitude de “mocinha” ou de “princesa”. “Ah, você não quer calçar o sapato? Mas olha, esse sapato é de princesa!” E lá vai Catarina, que estava chorando e esperneando para não colocar o sapato, alegre, feliz e saltitante com o tênis cor-de-rosa. Importante: depois que ela faz o que eu peço, sempre ganha um reforço positivo do tipo “olha que menina linda que obedece a mamãe!”.
Aprendi com uma amiga a sempre explicar para o bebê que ele está frustrado, que não vai ter o que quer (por mais que grite e esperneie) e que é normal se sentir assim. Com poucas palavras e sem se estender, porque senão eles perdem a atenção. Ela sempre fazia isso com os filhos e eu achei bem interessante. Assim a criança vai aprendendo a lidar com as próprias emoções (e olha que eles entendem, por mais novinhos que sejam). E como último recurso, depois de explicar, tentar distrair, se nada surtir efeito, eu dou aquela ignorada básica. “Não quer vir com a mamãe? Ok, então você fica que eu vou ” (claro que em condições sob controle; não vou largar a pequena no meio da multidão e sair andando). Depois de uns oito passos sem olhar para trás, em geral sinto a pequena já grudada nas minhas pernas.
Por fim, quero dizer que às vezes eu também sou humana e perco a paciência (solto uns berros de “Catarina, larga isso, não pega aquilo!”). Aí não tem outro jeito senão respirar, contar até 10 e tomar um copo de água BEM grande. Mas acho que todas vocês, mães, me compreendem nessa hora, não é?
E você, como lida ou lidou com a birra do seu bebê? Em que idade isso foi mais frequente? Deixa um comentário no fim do post, para compartilhar a sua experiência!
Fonte : Mil dicas de Mãe