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Dia de Nossa Senhora
Aparecida !!!
Hoje dia 12/10/2018 é comemorado o dia de Nossa Senhora Aparecida, então
o Blog do Beto irá deixar aqui a História de Nossa Senhora Aparecida para você
leitor devoto, relembrar do dia que a Mãe de Todos Apareceu !!!!
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa
Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil.
Venerada na Igreja Católica, Nossa
Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem
Maria, atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na
cidade de Aparecida, em São Paulo.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no
Brasil desde 1980, quando o Papa João Paulo II consagrou a Basílica, que é o
quarto santuário mariano mais visitado do mundo, capaz de abrigar até 45.000
fiéis.
Aparição:
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da
Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de
Jesus, em Roma: a história registrada pelos padres José Alves Vilela, em 1743,
e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se encontram no Primeiro
Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.
Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de
outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conde
de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de
passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem
até Vila Rica.
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença
de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores
lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao
conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para
a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus.
Após várias tentativas infrutíferas,
desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a
desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, em vez de
peixes, apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar
a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.
Após
terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria
ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la.
A partir daquele
momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a
retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as
embarcações. Esta foi a primeira intercessão atribuída à santa.
Início da devoção
Durante os quinze anos seguintes à imagem permaneceram na residência de
Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar.
A devoção
foi crescendo entre o povo da região e houve relatos de milagres por aqueles que
oravam diante da santa.
A fama de seus poderes foi se espalhando por todas as
regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as
suas orações, diziam que viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco
reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os
pescadores os que vinham rezar, mas também muitas outras pessoas das
vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se
tornou pequeno para abrigar tantos fiéis.
Assim, por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela
no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de
1745. A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não aprovava
o local escolhido, pois considerava mais cômodo para os fiéis uma região
próxima ao povoado.
No dia 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então
Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a capela e
conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Dom Pedro tinha novo
compromisso público: visitar a então capela de Nossa Senhora Aparecida, hoje no
município de Aparecida. Tratava-se de um importante ponto de peregrinação
católica, pois o pequeno templo havia sido erguido justamente para abrigar a
imagem da santa, chamada de Nossa Senhora Aparecida, encontrada ali na região
em 1717 e, depois, proclamada padroeira do Brasil. Rezzutti conta que antigos
relatos afirmam que Dom Pedro teria rezado na igrejinha e feito uma promessa:
se tudo corresse bem, ele faria de Nossa Senhora Aparecida à padroeira do
Brasil independente.
Na realidade, depois de se tornar imperador, Pedro 1º
escolheu São Pedro de Alcântara como padroeiro. O número de fiéis não parava de
aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual
Basílica Velha), sendo solenemente
inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.
Coroa de ouro e o manto azul
Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica
e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita,
em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis,
juntamente com um manto azul, ricamente ornado.
Chegada dos missionários redentoristas
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos
da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento
aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora
"Aparecida" das águas.
Coroação da imagem
A 8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa
doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e
pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida
por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos,
o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o
papa concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa
própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em
peregrinação ao Santuário.
Instalação da basílica
No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor,
sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de são Vicente Mártir,
trazidos de Roma com permissão do Papa.
Emancipação político-administrativa
Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no
alto do Morro dos Coqueiros, emancipou-se politicamente de Guaratinguetá e se
tornou um município, vindo a se chamar Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora,
cuja devoção fora responsável pela criação da cidade.
Rainha e Padroeira do Brasil
Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e
sua Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. A
imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome do papa Pio X, por decreto
da Santa Sé, em 1904.
Pela Lei nº 6 802, de 30 de junho de 1980, foi decretado oficialmente
feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei,
a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida
como padroeira do Brasil.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Houve necessidade de um local maior para os romeiros, e em 1955 teve
início a construção da Basílica Nova. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um
edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura;
as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura.
Em 4 de julho de 1980 o papa João Paulo II, em sua visita ao Brasil,
consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do
mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de
Deus, e sagrando solenemente aquele grandioso monumento.
Descrição da imagem
A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717 mede quarenta
centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que depois de modelada
é cozida num forno apropriado. Em estilo seiscentista, como atestado por
diversos especialistas que a analisaram, acredita-se que originalmente
apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja
documentação que comprove tal suspeita. A argila utilizada para a confecção da
imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando
recolhida pelos pescadores, estava sem a policromia original, devido ao longo
período em que esteve submersa nas águas do rio. A cor de canela que apresenta
hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas,
lamparinas e candeeiros, acesas por seus devotos.
Através de estudos comparativos, a autoria da imagem foi atribuída ao
frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo conhecido por sua habilidade
artística na confecção de imagens sacras.
Tais características incluem a forma
sorridente dos lábios, queixo encravado, flores em relevo no cabelo, broche de
três pérolas na testa e porte empinado para trás. O motivo pelo qual a imagem
se encontrava no fundo do rio Paraíba é que, durante o período colonial, as
imagens sacras de terracota eram jogadas em rios ou enterradas quando
quebradas.
A imagem foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), em 2012, sendo
considerada como patrimônio do Estado de São Paulo.
Atentado à imagem
Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos
fragmentos, a imagem foi encaminhada a Pietro Maria Bardi, à época diretor do
Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com João Marinho,
colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no
MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.
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