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Mãe que matou e jogou filho recém-nascido no lixo: “Sufoquei
com minhas próprias mãos”.
Investigadores da 1ª
Delegacia de Polícia (Asa Sul) que apuram o caso da mãe de 41 anos presa
por matar o filho após o nascimento, na última segunda-feira (11/10), ficaram
estarrecidos com a frieza com que a mulher detalhou o crime. Com o quadro
clínico estabilizado, ela foi ouvida pelos policiais ainda no leito ocupado
pelo ela, no Hospital de Base, nesta terça-feira (12/10).
A diarista, que mora na
Vila Telebrasília, confessou não saber dizer quem é o pai da criança, que não
tinha intenção de criar o filho e escondeu a gravidez de todos seus familiares
e amigos.
“Ela alegou que o menino nasceu com vida e o asfixiou com as
próprias mãos, logo após dar a luz no banheiro”, disse o delegado Maurício
Iacozzilli
A filha mais velha da
suspeita, de 21 anos, contou que, após o bebê vir ao mundo, a mãe arrancou o
cordão umbilical com as mãos, matou o recém-nascido e jogou o corpo no lixo.
O Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal (CBMDF) foi acionado em seguida, pois a mulher
começou a ter hemorragia.
Exame psiquiátrico
O desequilíbrio e a
frieza fizeram com que os investigadores pedissem ao Poder Judiciário que a
mulher seja submetida a um exame psiquiátrico elaborado por psiquiatras
forenses do Instituto Médico Legal (IML). Os testes deverão ocorrer quando a
diarista receber alta médica.
Fonte Metrópoles
Grave acidente deixa feridos em Laranjeiras do Sul nesta quarta-feira.
No final da manhã desta quarta-feira (130 um grave acidente
deixou ao menos três feridos no trevo de acesso a Laranjeiras do Sul.
Em breve mais detalhes.
Fonte CGN
Homem com uma menor em moto foge da Polícia, mas acaba abordado em Pitanga.
No dia 12 de outubro de
2021 por volta das 18hrs, durante patrulhamento pela via supracitada, essa
equipe de serviço visualizou uma motocicleta cg transitando pela via.
Sendo que seu condutor
ao visualizar a equipe demonstrou certo nervosismo, de imediato através de
sinais sonoros e luminosos foi procedido abordagem, sendo que seu condutor
desobedeceu a ordem e empreendeu fuga sendo acompanhado pela equipe por aproximadamente
uns 4 km.
Durante todo esse
percurso o condutor da motocicleta desrespeitou placas de preferencial e de
parada expondo a vida sua, da passageira a qual por diversas vezes quase veio a
cair da motocicleta e de terceiro, tendo em vista que a motocicleta quase
colidiu com vários veículos durante a fuga.
Na estrada rural de
acesso a localidade do rio do meio essa equipe logrou êxito na abordagem sendo identificado
o condutor o qual não possui CNH/PPD e sua passageira a adolescente 16 anos.
Diante do fato foi
apreendida a motocicleta e recolhida ao pátio da 3o CIA Pitanga sendo lavradas
as notificações pertinentes ao fato.
Fonte Polícia Militar
Briga entre menores em
via Pública acaba na delegacia de Manoel Ribas.
A equipe recebeu uma
ligação no celular do destacamento de uma mulher pedindo por socorro, pois
estaria sendo agredida, disse que o fato estaria ocorrendo no bairro chapéu de couro.
Chegando no local a
solicitante acenou para a viatura e passou a relatar para a equipe que
estaria em via pública e teria se desentendido com a menor que seria
enteada, um masculino o qual ao intervir na briga das menores agrediu com
um ”pranchão" de facão no pescoço.
Diante do relato a
equipe deslocou até a casa do agressor fez buscas, porém não
o localizou.
Neste momento a equipe
juntamente com a menor deslocou até o hospital para fazer laudo de lesões
corporais assim como acionar o conselho tutelar para acompanhar o fato,
pois sua mãe encontrava-se trabalhando.
Já na presença
das conselheiras a menor, que por vários momentos se demonstrou mal educada,
agressiva e inquieta, veio a tentar agredir a conselheira que neste
momento foi imobilizada pelos policiais e para manter a integridade física
tanto dos envolvidos na ocorrência quanto da menor foi utilizado cinta
plástica em suas mão para cessar as agressões.
Logo em seguida
compareceu a sua mãe a qual também acompanhou os procedimentos que durante
o atendimento médico foi retirado a cinta plástica pois a menor
já havia se acalmado.
Após os procedimentos
médicos foi deslocado até o destacamento para a lavratura do boletim de
ocorrência para providências posteriores.
Fonte Polícia Militar
Mulher tenta levar carro da família para penhorar no tráfico em Ivaiporã.
Uma mulher tentou levar
o carro da família para penhorar em um ponto de tráfico de drogas em Ivaiporã.
O caso foi registrado pela Polícia Militar (PM)
no Jardim Alvorada na tarde de terça-feira.
De acordo com a PM, o solicitante
relatou que sua irmã chegou à residência com sinais de uso de entorpecente, e
queria levar um veículo Fiat/ Strada para penhorar em um ponto de
drogas.
Que com a negativa ela
passou a jogar pedras no carro causando danos de média monta. Também fez
ameaças contra os pais e que colocaria fogo na casa, ela também subtraiu a
bateria e as placas do carro e tomou rumo ignorado.
Os policiais fizeram
buscas nas imediações no intuito de localizar a autora dos fatos porem sem
lograr êxito.
Fonte TNO
Criança de 9 anos pega faca para defender a mãe de agressões
do namorado, em Ivaiporã.
Um homem foi preso na
noite de terça-feira (12) em Ivaiporã,
por violência doméstica, depois de bater na namorada. Com a chegada da polícia,
ele fugiu em um moto, mas acabou sendo localizado pelos policiais.
Por volta das 23h40, a
equipe de serviço da PM foi
chamada e a vítima relatou que o namorado chegou na sua residência alterado
xingando de vagabunda e desferiu dois tapas no seu rosto. O filho da
solicitante de 9 anos pegou uma faca para defender a mãe e também foi agredido
com um empurrão.
Depois disso, a
solicitante conseguiu colocar o autor para fora da casa, mas ele quebrou a
janela da cozinha forçando nova entrada na residência vindo a entrar em luta
corporal com a vítima. Momento em que a viatura chegou o infrator estava saindo
com sua moto e não obedeceu a ordem de parada empreendendo fuga por várias ruas
furando preferenciais.
Fonte TNO
Adolescentes são apreendidos com mais de 200 quilos de maconha dentro de carro na BR-277, em Guarapuava.
Dois adolescentes foram
apreendidos na madrugada desta quarta-feira (13) depois da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) encontrar 278 quilos de maconha dentro do carro em que eles
estavam na BR-277, em Guarapuava, na região central do Paraná.
De acordo com a polícia,
o jovem que conduzia o carro tem 17 anos e, com ele, estava um adolescente de
16.
A abordagem aconteceu
durante uma ação de combate a crimes transnacionais em frente ao posto de
fiscalização da PRF na rodovia.
Durante inspeção dentro
do carro, foi localizada a droga dentro do porta-malas e também no interior do
veículo.
À PRF, os adolescentes
falaram que pegaram o veículo com a droga em Guaíra, no oeste do Paraná, e
levariam a mercadoria até o estado de Santa Catarina.
Eles foram encaminhados
à polícia, e o Conselho Tutelar de Guarapuava foi acionado para acompanhamento.
Fonte G1
Homem abandona namorada na BR-376 após briga em Apucarana.
Uma mulher acionou a Polícia Militar de Apucarana, após
o namorado levá-la até a Rodovia BR-376, nas proximidades do campo de futebol,
e depois de uma discussão, empurrá-la para fora do veículo e começar a
enforcá-la.
Conforme a vítima, o autor entrou no carro, jogou seus
pertences para fora do veículo e foi embora. A PM tentou localizar o homem, mas
sem êxito. A vítima foi encaminhada para 17ª SDP para dar início ao boletim de
ocorrência.
Outro caso
Um outro caso de violência doméstica foi registrado no Jardim
Mercadante, nesta terça-feira (12), em Apucarana, pela Polícia Militar. A
solicitante informou aos policiais que está separada do companheiro há 3 meses
e que nesta terça ele foi até sua casa para ver o filho do casal e os dois
tiveram uma discussão.
Fonte TNO
Polícia faz alerta para criança desaparecida em Arapongas.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública, através do
Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas fez um alerta em todo Paraná.
Uma menina de 11 que mora em Arapongas está desaparecida desde segunda-feira
(11) e a família está desesperada.
Pollyana
Rocha Maciel mora com o pai e a avó na região da Vila Triangulo.
Segundo o pai, Leandro Maciel, a garota foi vista pela última vez na manhã de
segunda e desde então não deu mais notícias. Ela sumiu com uma mochila roxa.
A Polícia Militar e a Guarda
Municipal foram chamadas pela família e procuram pela criança. Informações
sobre o paradeiro da menina podem ser passadas através do 190, da PM, SICRIDE:
(41) 3224-6822 ou 43 9.9828-6536, contato da família.
Fonte TNO
Seis pessoas perderam a vida vítimas de acidentes de trânsito no feriado.
Das seis mortes quatro
foram registradas em rodovias e duas no perímetro urbano no período da noite de
sexta (08) a terça-feira (12).
No início da noite de
sexta-feira (08), o jovem Christian Antônio Vieira Deparis, 21 anos, faleceu
após um acidente na rodovia PR-281, em Planalto.
Ele conduzia uma
motocicleta Honda CG/150 e se envolveu em uma colisão com uma colheitadeira. No
sábado (09) morreu em uma colisão entre uma Saveiro e um caminhão na Avenida
Arnaldo Buzzatto em Barracão, Alexandre Fornar, 48 anos, que era morador de
Realeza.
No domingo (10) às 20h,
morreu em uma colisão envolvendo dois caminhões e um Fiat/Uno, na rodovia
PR-280 em Clevelândia, Clério Lima de Oliveira, 45 anos. Ele era o condutor do
automóvel.
Às 17h45 de domingo,
morreu em acidente na rodovia PR-918 em Bom Sucesso do Sul, Ricardo Lago, 34
anos, em uma colisão traseira envolvendo a motocicleta que ele conduzia e um
trator agrícola. Ricardo morava em Bom Sucesso do Sul, porém seu corpo foi
sepultado no interior de Francisco Beltrão.
Às 19h10 de domingo,
morreu vítima e atropelamento na rodovia PRC-158 em Vitorino, Cintia de Lima
Furtado, 25 anos. Ela era moradora de Chapecó (SC), estava retornando do
Paraguai junto com o esposo e um amigo, e ao parar na rodovia e descer do carro
foi atropelada por uma caminhonete Amarok e morreu no local.
Já na terça-feira (12),
por volta e 19h30 um homem morreu após colidir uma motocicleta Honda/Biz contra
uma árvore no bairro Guanabara em Francisco Beltrão. Ele chegou a ser socorrido
ao hospital, mas não resistiu e acabou falecendo.
Fonte PPNEWS
Motorista morre em grave acidente entre Jandaia do Sul e
Mandaguari.
Um acidente registrado
na noite desta terça-feira (12), entre Jandaia do Sul e
Mandaguari, causou a morte do motorista de 49 anos.
A colisão com uma
motocicleta ocorreu nas proximidades do Motel Hipnose.
De acordo com testemunhas,
o homem dirigia um Fiat/Tempra e ao tentar desviar da moto perdeu o controle do
veículo e capotou diversas vezes.
As equipes da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), do Instituto Médico-Legal (IML) e da Viapar estiveram
no local e investigam a causa do acidente.
Com informações Repórter
do Vale
Mulher morre atropelada
ao descer do carro para pegar celular que caiu na PR-158.
A cabeleireira Cintia
de Lima, de 25 anos, morreu atropelada por uma caminhonete na noite de
segunda-feira (11), na PR-158, entre Vitorino e São Lourenço do Oeste.
Ela voltava de uma
viagem ao Paraguai acompanhada do esposo e um amigo, quando pararam o veículo
que estavam para ela ir ao banheiro. Ela acabou esquecendo o celular em cima do
carro que caiu na pista.
Ao pegar o aparelho ela
foi atingida por uma caminhonete com placas de Palmas (TO). Cintia não resistiu
e entrou em óbito no local do acidente. Ela era cabeleireira de um salão de
beleza em Chapecó e deixa um filho de 3 anos.
Fonte PPNEWS
Entre aplausos e vaias, Bolsonaro ouve sermão crítico no
Santuário de Aparecida.
Depois de ouvir críticas sobre a liberação de armas e a
condução da pandemia pelo seu governo nas celebrações do Dia da Padroeira, o
presidente Jair Bolsonaro tirou a máscara e causou aglomeração, nesta
terça-feira, 12, no Santuário Nacional de Aparecida. Ele, que já tinha
provocado um grande ajuntamento de pessoas na chegada, desfilou com o corpo
fora do carro quando saiu do santuário. Parte do grupo, que se espremia nas
cercas de segurança, o aplaudiu e chamou de “mito”, enquanto um coro menor
gritava “lixo”. Um chinelo foi arremessado do meio do público, mas não atingiu
o presidente.
Bolsonaro assistiu à missa da tarde na companhia dos
ministros Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações, e João Roma, da
Cidadania. Na homilia, à frente do presidente, o padre José Ulysses da Silva,
porta-voz do santuário, fez uma referência indireta à postura armamentista do
governo. “Se conseguíssemos abraçar a proposta de Jesus nós seríamos um povo
mais desarmado e fraterno”, afirmou o padre.
Citando um trecho do evangelho lido por Bolsonaro durante a
celebração, o religioso lamentou os mortos pela covid-19 e disse que “a vida é
um valor que deve prevalecer sobre todo e qualquer outro valor, sobre nossos
interesses políticos, econômicos e até religiosos”. Desde o início da pandemia,
o presidente sempre se posicionou contra as medidas de isolamento social,
alegando prejuízo econômico. Segundo o padre, é graças à solidariedade da
população que o País não atravessa uma crise ainda mais violenta. “Nós sabemos
quantas pessoas perderam a vida para cuidar da nossa. Há mesas vazias, há
desemprego e há sequelas da enfermidade”, afirmou. Disse, ainda, que além do
“dragão da pandemia” há o “dragão da ganância” que suga a vida de quem mais
precisa e “tem muita gente sofrendo”.
As declarações do padre ecoaram a homilia da principal missa
do dia, celebrada pelo arcebispo de Aparecido, dom Orlando Brades, pela manhã:
para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”.
Na cerimônia da tarde, Bolsonaro se apresentou para receber o
sacramento católico da comunhão e participou do ritual de consagração à Nossa
Senhora. Importante para os católicos e devotos da santa, o ritual não é aceito
pelos evangélicos, que compõem importante base de apoio ao presidente. Durante
a missa, Bolsonaro e seus ministros usaram máscaras, embora a direção do
santuário já tivesse decidido permitir a participação presidencial na
celebração mesmo sem a proteção facial. Antes da missa, o presidente se reuniu
com o padre Carlos Eduardo Catalfo, reitor do santuário, e com dom Orlando, que
presidiu a celebração.
Mentiras e fake news
Além de criticar a política de liberação do uso de armas do
governo Bolsonaro, dom Orlando também se referiu ao viés negacionista de
Bolsonaro, defendendo a vacina e a ciência. Também pediu uma pátria “sem ódio,
uma república sem mentiras, sem fake news”.
O arcebispo lembrou que o Brasil está enlutado pelas mais de
600 mil mortes na pandemia da covid-19 e defendeu a preservação da Amazônia.
Também pediu um abraço aos índios, aos negros, às crianças, aos pobres e às
“nossas autoridades, para que, juntos, construamos o Brasil Pátria Amada. E
para ser pátria amada não pode ser pátria armada”.
Quando esteve no santuário de Aparecida em seu primeiro ano
de mandato, no 12 de outubro de 2019, Bolsonaro foi aplaudido, mas também foi
vaiado pelos fiéis. Naquele dia, o arcebispo havia usado a homilia da missa
para criticar duramente “o dragão do tradicionalismo” e afirmar que “a direita
é violenta, é injusta, estão fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano
Segundo”. Depois, na presença do presidente, amenizou o tom, dizendo que os
dragões seriam as ideologias “tanto da direita quanto da esquerda”.
O presidente passa o feriado no Forte dos Andradas, em
Guarujá, litoral paulista. Após a visita a Aparecida, ele retornou ao local,
que funciona como hotel de trânsito da Marinha. Nesta quarta-feira, 13, ele
retoma a agenda indo a Miracatu, no Vale do Ribeira, para uma entrega de
títulos de regularização fundiária.
Na segunda, 11, ele fez um passeio de moto até a Praia da
Enseada, com capacete sem viseira – o que é proibido pelas leis de trânsito – e
causou aglomerações, mais uma vez sem usar máscara. O uso do protetor facial é
obrigatório por lei estadual.
No sábado, 9, o presidente esteve em Peruíbe, onde visitou
uma feira. Ele foi multado em R$ 500 pela prefeitura local por não usar
máscara.
Fonte CGN
PSB vai ao STF contra Plano de Segurança de Bolsonaro que
exclui feminicídio.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) entrou com uma ação no
Supremo Tribunal Federal (STF) contra o novo Plano Nacional de Segurança
Pública do governo federal, que abandona indicadores de feminicídio e mortes
causadas por policiais. A mudança foi formalizada em decreto assinado pelo
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no mês passado.
O partido diz que a gestão bolsonarista ‘age deliberadamente
para invisibilizar’ ocorrências relacionadas à violência de gênero e à
letalidade policial. “Tratam-se de dois grandes problemas de segurança pública
no Brasil que recaem sobre grupos vulneráveis – as mulheres e a juventude negra
periférica – e que têm se agravado atualmente”, diz um trecho da ação.
O pedido é para que a mudança seja declarada inconstitucional
por violar os direitos fundamentais à vida e à segurança pública e ao princípio
da dignidade da pessoa humana. A nova política de Segurança Pública
estabelecida pelo governo federal tem metas previstas até 2030.
O PSB lembra na ação que, sem uma classificação particular,
os feminicídios e as mortes causadas por violência policial vão sofrer um
apagão de dados, o que dificulta a definição de políticas públicas para
proteger os grupos vulneráveis.
“Não há alegação de custo ao erário (como no Censo do IBGE),
é simplesmente uma decisão de retroceder e ocultar as informações sem motivo
nenhum para isso. São esses dados que permitem a formulação e o acompanhamento
de políticas sociais específicas e efetivas no combate aos preconceitos de
gênero e raça, garantindo o exercício dos direitos à vida, à segurança pública
e à igualdade”, afirma o advogado Rafael Carneiro, que representa o PSB na
ação.
Dados do Anuário de Segurança Pública apontam que, no ano
passado, pelo menos 1,3 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, o
que corresponde a um assassinato a cada seis horas e meia.
A pesquisa aponta que os índices de violência policial também
vêm escalando: ações das Forças de Segurança deixaram 6,4 mil vítimas fatais em
2020, um aumento acumulado de 190% desde 2013.
Fonte CGN
5,4 milhões de atendidos pelo Bolsa Família podem ter perdas
com o Auxílio Brasil.
Cerca de 5,4 milhões de beneficiários do Bolsa Família podem
não ser contemplados pela promessa de aumento no valor do benefício e teriam
até uma redução após a substituição do programa pelo Auxílio Brasil, segundo
simulações do próprio governo obtidas pelo Estadão/Broadcast via Lei de Acesso
à Informação (LAI). O número corresponde a 37% dos 14,7 milhões de atuais
beneficiários da política social.
O pagamento de um “benefício compensatório de transição”, no
mesmo valor da diferença, evitará uma perda imediata. No entanto, esse
benefício vai sendo reduzido à medida que o Auxílio Brasil sofre reajustes. Na
prática, essas famílias podem passar alguns anos com o valor da ajuda
congelado.
As estimativas constam em parecer de mérito emitido pelo
Ministério da Cidadania em 2 de agosto, dias antes do envio da medida
provisória que cria o Auxílio Brasil. Como o governo ainda não garantiu os
recursos necessários à ampliação do programa, essas simulações foram feitas com
o Orçamento já garantido de R$ 35 bilhões. O aumento no valor disponível pode
impactar as estimativas finais. O Estadão/Broadcast questionou a Cidadania
sobre quantas famílias seriam afetadas no cenário com mais recursos, mas não
houve resposta sobre esse ponto até a publicação.
Segundo os dados do governo, a redução compensada pelo
benefício temporário fica entre R$ 10 e R$ 173. “Para 50% das famílias mais
afetadas, a diminuição do valor do benefício será de até R$ 46”, diz o parecer.
O economista Ricardo Paes de Barros, pesquisador do Insper e
um dos maiores especialistas do País em políticas sociais, analisou o parecer,
a pedido do Estadão/Broadcast, e avalia que há duas possíveis explicações para
as reduções.
Uma delas é a extinção do benefício básico, hoje no valor de
R$ 89, pago às famílias na faixa de extrema pobreza (ou seja, têm renda
familiar de até R$ 89 por pessoa). Segundo Paes de Barros, esse benefício acaba
tendo uma sobreposição com o valor pago para superação da extrema pobreza,
calculado caso a caso de acordo com o valor que falta para aquela família sair
dessa situação e que será mantido no desenho do Auxílio Brasil.
O pesquisador explica que, se uma família está próxima de
superar a linha da extrema pobreza (tem renda familiar por pessoa perto dos R$
89), o desenho atual paga mais do que o necessário para cumprir o objetivo do
programa, num cenário de recursos escassos e de outras famílias à espera de
atendimento. E ela ainda vai receber mais do que uma pessoa com renda
semelhante, mas ligeiramente acima da linha de extrema pobreza. Essa conclusão
é citada pelo governo no documento.
A segunda razão para eventuais perdas é mais negativa,
segundo Paes de Barros. Trata-se do corte no máximo de benefícios variáveis
recebidas por filho menor de idade ou gestante. Hoje, esse limite é de sete,
mas vai cair para cinco filhos com o Auxílio Brasil. E deveria ser eliminado,
na opinião do pesquisador. “Tem um quê aí de regular o tamanho da família, para
não poder ser muito grande”, diz.
Na avaliação dele, a regra levará a uma perda desnecessária,
tanto para famílias hoje com seis ou sete filhos, quanto para quem se enquadra
no limite dos cinco filhos, mas pode vir a extrapolar no futuro e não receberá
nenhuma ajuda a mais. “Acho que devia ser livre, independentemente do número. É
difícil qualquer pessoa que já teve um filho achar que, recebendo mais R$ 45,
ou R$ 90 agora (com a mudança), vale a pena ter um filho”, diz Paes de Barros.
O Ministério da Cidadania informou que, na folha de setembro
de 2021, havia 63.891 famílias que recebiam uma soma de benefícios que se
enquadra neste caso. Elas poderão atingidas pela nova regra.
Incerteza de reajuste
O sociólogo Luis Henrique Paiva, ex-secretário Nacional de
Renda de Cidadania e hoje pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), também analisou o parecer, a pedido da reportagem, e observa
que 90% das famílias terão uma “perda” de no máximo R$ 85 no valor do
benefício, que será imediatamente reposta pelo benefício de transição.
A perda de maior valor para todas as famílias, segundo Paiva,
é a ausência de um critério de reajuste, tanto da linha de elegibilidade,
quanto do valor dos benefícios. Hoje, os reajustes são discricionários, ou
seja, concedidos quando há recurso disponível no Orçamento. O último foi dado
em 2018, no governo Michel Temer. Em 2019, já na administração Jair Bolsonaro,
foi pago um 13.º benefício às famílias, que proporcionou alívio naquele ano,
mas não é permanente. Desde 2020, muitas foram transferidas para o auxílio
emergencial, criado para proteger famílias durante a pandemia de covid-19.
“Nada assegura que haja reajuste desses benefícios. 15% do
PIB que a gente faz de transferências (em aposentadorias e BPC) têm reajuste
automático e são direito, não têm fila, e 0,4% (Bolsa Família) não tem”, afirma
Paiva. Ele diz reconhecer que a situação fiscal é delicada, mas acrescenta que
nada justifica fazer o ajuste em cima da contenção dos valores do Bolsa
Família. “É uma questão de amadurecimento institucional”, diz. O relator do
Auxílio Brasil (PP-MG), tem negociado a inclusão de uma regra que assegure ao
menos a reposição da inflação.
Se de um lado algumas famílias podem “perder”, outras,
possivelmente mais pobres e com filhos mais jovens, terão aumento. O benefício
para crianças de zero a três anos vai subir de R$ 41 para R$ 90, pelas
simulações internas do governo.
Como o parecer foi produzido ainda sem o incremento no Orçamento
do programa, a previsão é que, num cenário sem recursos adicionais, o aumento
no tíquete-médio seja de apenas R$ 8,51, para R$ 194,45. O governo, no entanto,
pretende elevar esse valor a R$ 300. As famílias que forem beneficiadas pela
nova estrutura recebem, no cenário atual, incrementos de R$ 2 a R$ 511. “Para
50% das famílias beneficiadas o valor do aumento será de até R$ 10”, diz o
documento. Os valores podem subir com um programa mais “turbinado”.
Um benefício da mesma natureza que a compensação temporária
do Auxílio Brasil foi usado em 2004 para ajudar famílias que receberiam menos
na transição do Bolsa Escola e outros auxílios para o Bolsa Família. O
Ministério da Cidadania não informou quantas, à época, se enquadraram nessa
situação.
Fonte Banda B