Blog do Beto

Professores da UEL se juntam aos docentes das escolas estaduais e também podem entrar em greve.

  

A volta às aulas na segunda-feira pode ser adiada pelos professores das escolas estaduais, que decidem neste sábado se entram em greve ou não. Desde o começo da semana, eles estão mobilizados por causa das medidas de austeridade adotadas pelo Governo do Paraná, entre elas o atraso no pagamento de vários benefícios. De acordo com o presidente da APP-Sindicato, Hermes Silva Leão, as escolas do estado não tem condições de receber os alunos na segunda-feira.

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Além do corte de funcionários, há também a questão dos professores temporários. Segundo a APP-Sindicato, foram demitidos 29 mil docentes. No mês passado, o governador Beto Richa anunciou a contratação de cinco mil professores concursados, e, nesta semana, outros 10 mil por PSS, o Processo Seletivo Simplificado. No entanto, este número deveria ser maior. Left/Right Arrow keys to advance one second, Up/Down arrows to advance ten seconds.Up/Down Arrow keys to increase or decrease volume.

Entre as novas medidas de austeridades, enviadas ontem (quarta) à Assembleia, estão o fim dos anuênios e quinquênios dos servidores e o do auxílio-transporte nas férias ou em afastamentos dos professores. Em conversas internas entre os professores, a greve a partir de segunda já é dada como certa. Eles devem preparar as aulas para segunda, mas não vão leciona-las. Além do provável adiamento do início das aulas, os professores devem fazer um protesto em frente ao Palácio Iguaçu. Eles terão a presença de uma caravana vinda do norte do Paraná, em que os docentes da Universidade Estadual de Londrina também devem entrar em greve. O presidente da associação dos professores da UEL, Marcelo Seabra, diz que a instituição teve o corte de 1/3 dos recursos.

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Ao longo de 2014, a UEL teve um orçamento de R$ 26 milhões, mas o Governo do Estado só repassou efetivamente R$ 11,5 milhões e meio. Os servidores da Universidade fazem assembleias amanhã (sexta) de manhã e a tarde, para confirmar a greve a partir de terça-feira. As aulas lá começam no dia 19. Também houve corte de custos nas universidades estaduais de Maringá, Ponta Grossa e Unicentro, em Guarapuava. A Secretaria de Educação do Paraná deve se pronunciar sobre as possibilidades de greve e cortes no orçamento apenas amanhã (sexta). Já a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior não quis se pronunciar.