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Homem é pego dirigindo veículo em possível estado de embriagues
em Santa Maria do Oeste e acaba preso. Entenda o caso!!!
No dia 10 de janeiro de 2021, por volta das 22h10min, durante
patrulhamento pelo centro da cidade, foi avistado um veículo Jeep/Compass de
cor branca, que estava transitando em zig-zag e com as luzes apagadas. Dessa
forma foi realizado a abordagem do veículo na Rua Agenor de Oliveira esquina
com a Germano Wendler.
Após a abordagem foi identificado o condutor como sendo ******, o qual
estava em visível estado de embriagues, como andar cambaleante, odor etílico,
olhos vermelhos, dificuldade em falar. Diante dos sinais, fora dada voz de
prisão a ******, e conduzido até a 45 DRP para os devidos procedimentos legais.
Consultado o veículo via sesp intranet, e por estar sem pendencias junto
ao detran, foi liberado para o condutor xxxxxx, cat. B, com validade até 02/08/2022.
Ressalta-se que xxxxxxx recusou-se a realizar o teste etilo-métrico, sendo
lavrado o auto de constatação. Também foi conduzido sem utilização de algemas e
no banco de trás da viatura.
Fonte: Polícia Militar.
Briga de marido e mulher vira de polícia em Manoel Ribas e
homem é preso.
Às 09hrs e 46min, atendendo solicitação da Sra. *****, 34 anos, foi dado
continuidade a ocorrência de protocolo 2021/32402, onde a Sra. ***** foi
agredida pelo seu convivente xxxxxx, 44 anos, na ocasião as agressões causou
hematomas no braço esquerdo, no entanto foi agredida com socos no tórax e teve
seus cabelos puxados, porém, a equipe não localizou o mesmo em primeiro
momento. Que xxxxx retornou pela manhã a casa do casal, novamente a equipe
deslocou até o local, sendo logrado êxito na localização, sendo então dada voz
de prisão e conduzido até a delegacia de polícia civil, juntamente com a
vítima, para que sejam adotados os devidos procedimentos de polícia judiciária.
Fonte: Polícia Militar.
Mulher com medida protetiva chama a polícia para marido em
Pitanga.
No dia 10/01/2021, por volta das 16h40min. a equipe foi acionada pelo
plantão da 3ª cia, informando que no Bairro Maristela estaria ocorrendo um
desentendimento entre um casal, e que o masculino envolvido possuía uma medida
protetiva. Deslocado até o local, em contato com a senhora yyyyyy, a qual
relatou que nessa data a pessoa de xxxxxxxx, compareceu alterada em sua
residência vindo a ameaçá-la e agredi-la com socos, além de possuir uma medida
protetiva contra ele. Diante dos fatos, os envolvidos foram encaminhados até a
45ªdrp para os procedimentos necessários, e em consulta verificou-se que
xxxxxxx não tinha tomado ciência da medida, sendo cientificado e anexado ao
boletim. Posteriormente, foi deslocado até o hospital para a confecção do laudo
de lesões corporais em yyyyyy.
Fonte: Polícia Militar.
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Em discussão por ciúmes, homem relata ser sido agredido pela companheira.
Um homem de 48 anos chamou a Polícia Militar (PM), de Apucarana no conjunto Dom Romeu Alberti, pois a esposa de 45 anos acabou partindo para agressão contra ele após uma discussão por ciúmes.
À PM, o homem relatou que a mulher o arranhou e jogou uma banqueta nele durante a briga.
No entanto, com a chegada da polícia, os ânimos se acalmaram depois das devidas orientações e ninguém representou queixa pelo ocorrido.
Fonte: TN Online.
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Papa Francisco diz não à violência e afirma que é hora de remediar.
O papa Francisco diz que ficou estupefato com o ataque de quarta-feira (6) ao Congresso dos Estados Unidos. Em trechos de uma entrevista à TV italiana Canale 5, que será transmitida domingo (10) à noite, o pontífice afirma que, para entender ,“e não repetir”, é preciso “aprender com a história”.
Os eventos no Capitólio, como é chamado o edifício sede do Legislativo norte-americano, foram uma surpresa para o papa, mesmo que nenhuma sociedade possa se considerar imune à forças subversivas internas. Na entrevista, Francisco fala sobre o que aconteceu em 6 de janeiro, quando houve a entrada forçada no prédio do Congresso.
“Fiquei estupefato, porque se trata de um povo disciplinado na democracia”, comenta o papa, ao ressaltar que, mesmo “nas realidades mais maduras há sempre algo que não funciona”, há pessoas “que tomam um caminho contra a comunidade, contra a democracia, contra o bem comum.”
“A violência certamente deve ser condenada”, prossegue o papa. “Este movimento deve ser condenado, independentemente das pessoas”. “Nenhum povo pode gabar-se de não ter tido um dia, um caso de violência”, Portanto, é uma questão de “entender bem para não repetir e aprender com as lições da história”. Em todo caso, explica Francisco, a compreensão é fundamental “porque assim se pode remediar”.
Na quarta-feira, manifestantes entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do presidente eleito, Joe Biden.
Pelo menos cinco pessoas morreram, entre as quais quatro manifestantes e um policial, que ficou ferido durante o confronto.
Fonte: RTP e Vatican News
Brasileiros se voltam para bancos digitais.
Os novos hábitos adquiridos pela população durante o isolamento social aceleraram a participação dos bancos digitais no Brasil. Apesar do poder financeiro e da ainda alta concentração das instituições tradicionais, esses novos personagens estão dando cara nova ao sistema financeiro nacional, que aos poucos ganha mais competição. Sem tarifas nem agências bancárias, alguns conseguiram dobrar a carteira de clientes durante a pandemia e ganharam, pelo menos, três anos na corrida por maior presença no setor.
Um levantamento do UBS Evidence Lab mostra que em 2020, pela primeira vez, a parcela de downloads de aplicativos dos novos players ultrapassou a de instituições tradicionais. Em 2019, a participação dos maiores bancos era de 52% e dos novos, 48%. No ano passado, essa posição se inverteu, com os bancos digitais alcançando uma fatia de 52%.
“Calculamos que atualmente o País tenha mais de 60 milhões de contas digitais, sem considerar os números do Caixa Tem (usado para o pagamento do auxílio emergencial)”, diz o analista do UBS Thiago Batista. Na avaliação dele, a pandemia levou muitas pessoas que não tinham confiança nos sistemas digitais – como pessoas mais velhas – a usar esses bancos pela internet. “Hoje, vejo esse movimento sem volta. Quem começa a usar, não para.”
O movimento tem sido tão intenso que, na Neon, o hábito digital da população antecipou, no mínimo, em três anos a escalada de crescimento. “Foi um ano em que crescemos muito além do imaginável”, diz Pedro Conrade, fundador da instituição. Entre março e agora, a empresa cresceu três vezes em receita e número de clientes (hoje, somam 12 milhões). “Cerca de 65% dos clientes ativos usam a conta da Neon como sua conta principal.”
Para Conrade, apesar do forte crescimento em 2020, ainda há espaço para ampliar a participação no mercado. Atualmente, diz, quase 50% das transações são feitas em dinheiro. “Só nesse aspecto, temos o dobro de mercado a ser conquistado. A nossa brecha é evoluir mais rápido antes que os grandes bancos cheguem.” Com as novas medidas do Banco Central, como os pagamentos instantâneos e o open banking (sistema que permite o compartilhamento dos dados do cliente entre instituições), a competição deverá ser estimulada no setor.
Uma das estratégias dos bancos para manter o ritmo de crescimento em 2021 será ampliar a oferta de produtos e tentar fidelizar os clientes, diz o sócio-líder de serviços financeiros da consultoria KPMG, Cláudio Sertório. Ele explica que, normalmente, os mais jovens têm contas em mais de dois bancos digitais ao mesmo tempo e podem desativá-las a qualquer momento, dependendo da experiência positiva ou negativa.
Alvo
Para atender a essa demanda, o banco Inter quer ampliar o conceito de marketplace dentro do banco, com oferta de produtos financeiros e não financeiros. Hoje, o cliente do Inter pode adquirir na plataforma produtos da Via Varejo, Casas Bahia e Magazine Luiza, entre outros. Os clientes têm cashback (recebem parte do dinheiro de volta) nas compras e também podem ter acesso a crédito, diz a diretora financeira do banco, Helena Lopes Caldeira.
Com 8 milhões de clientes, a instituição dobrou o número de contas desde 2019 e espera alcançar 15 milhões ao final de 2021. “Nosso desafio é continuar crescendo com a mesma qualidade dos serviços”, diz a executiva. Hoje, o Inter tem à disposição dos clientes, além da conta corrente, cartão de crédito, seguros e crédito.
Essa diversificação é vista como essencial pela maioria dos bancos digitais para convencer os clientes a continuarem ativos. Boa parte dos correntistas que buscam essas instituições querem menos burocracia e, sobretudo, fugir das tarifas bancárias. “Temos tudo o que eles querem com uma estrutura mais barata e melhor”, diz Maxnaun Gutierrez, chefe de produtos e pessoa física do C6 Bank.
Criado em 2018 por um grupo de 25 executivos do mercado financeiro e de tecnologia, o banco só começou a operar, de fato, em agosto de 2019. Hoje, pouco mais de um ano depois, já conta com 4 milhões de contas abertas. Gutierrez afirma que, com a retomada econômica prevista para 2021 e a estreia do open banking, o crescimento dos bancos digitais vai continuar acelerado. Com a economia melhorando, diz ele, mais dinheiro circula e isso é positivo para o setor. Ele não descarta até a entrada de novos players no mercado.
Em estudo publicado em meados de 2020, a consultoria Mckinsey destaca que uma potencial consequência da atual pandemia é justamente a universalização do acesso a canais digitais bancários. Isso porque “cada vez mais usuários estão experimentando a conveniência da utilização desses canais, muitos deles pela primeira vez”. A popularização de pagamentos por meios eletrônicos, destaca o relatório, também deve reduzir significativamente a circulação de dinheiro físico na sociedade brasileira, tendência já verificada em outros países.
Segundo Sertório, da KPMG, para continuarem crescendo os bancos digitais precisam alimentar cada vez mais a sensação de novidade e inovação. Além da qualidade dos serviços em alta, eles também terão de contar com capacidade financeira para o lançamento de novos produtos. Na área de crédito, essencial nos dias atuais e uma grande carência no País, há a necessidade de ter um balanço que sustente possíveis perdas decorrentes da inadimplência, diz Sertório.
Outra armadilha da qual os bancos precisam escapar é a do próprio crescimento. Essas instituições nascem pequenas, mas, para crescer, terão de investir em marcas e marketing e podem aumentar demais a estrutura a ponto de ficar muito custosa, dizem especialistas.
Instituições tradicionais reagem
Atentos à rápida evolução e ao apelo dos digitais, os chamados “bancões” também decidiram criar seus próprios canais para não perder espaço no mercado. O Bradesco foi mais rápido nessa estratégia e há três anos criou o Next, que hoje conta com 4 milhões de contas – em janeiro de 2020, esse número estava na casa de 1,8 milhão. “Antes, nossos clientes estavam na faixa de 18 a 35 anos. Mas, em 2020, vimos pessoas de 50, 60 anos fazendo adesão ao nosso sistema”, diz o presidente da instituição, Jeferson Honorato.
Ele conta que o trabalho do Next é de inclusão bancária – e não de canibalização. Cerca de 35% dos clientes têm conta corrente pela primeira vez e 76% não eram da base do Bradesco. “É um complemento. Ao mesmo tempo que o banco tem presença física, o Next é um caminho para aquelas pessoas que querem experimentar um banco digital”, diz Honorato, que também aposta em mimos para conquistar os clientes, como crédito mensal de R$ 20 do Über.
O concorrente Itaú também entrou no mercado. Em novembro do ano passado, criou o iti e já conta com 3 milhões de contas. “Temos como foco o cliente que precisa de uma relação bancária, seja a população de mais baixa renda ou os desbancarizados”, diz o diretor do iti Itaú, João Araújo. Segundo ele, o mercado ficou muito aquecido com a pandemia e o novo comportamento da população. “Certamente, estamos entre os que mais cresceram no primeiro ano de operação; isso sem nenhuma campanha massiva de publicidade.”
Cadeia de negócios
O avanço dos bancos digitais também tem criado uma cadeia de negócios importante. É o caso da plataforma de serviços bancários BBNK, criada em 2018. A empresa permite que qualquer companhia ofereça a seus clientes uma conta digital própria, sem precisar de autorização do Banco Central. “A companhia fecha o contrato comigo e eu ofereço tudo: tecnologia e autorização da autoridade monetária. O cliente só coloca a marca dele”, diz o presidente e fundador da BBNK, Yan Tironi.
Até o momento, afirma ele, 40 marcas fecharam contrato com a plataforma. Dessas, três já lançaram suas contas no mercado. As demais ainda aguardam o melhor momento para adotar uma estratégia de lançamento. Segundo Tironi, a pandemia atrasou os planos das companhias para levar adiante a abertura das contas, mas o interesse continua. “Tem muita gente experimentando para lançar da forma mais apropriada.”
Tironi afirma que a BBNK faz todo o plano de negócios para as empresas. A plataforma tem mais de 70 mil contas abertas, sendo 50 mil nos últimos três meses.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
Deslizamento de terra causa acidente.
Um deslizamento de terra ocorrido após as chuvas registradas no final da tarde deste domingo (10) na rodovia que liga Nova Santa Rosa ao distrito de Novo Sarandi em Toledo ocasionou um acidente de trânsito segundo o que relatou o Sr. José Rocha da Silva de 63 anos, morador de Nova Santa Rosa a reportagem do Portal.
Segundo José, ele voltava de Novo Sarandi para Nova Santa Rosa com seu Chevette, quando se deparou com o deslizamento de terra e assim perdeu o controle da direção, saiu da pista e tombou o carro as margens da rodovia.
O condutor foi encaminhado para o hospital Lar Belém por sua filha, ele sentia dores nas pernas e nas costas.
A Polícia Militar e Rodoviária Estadual foi acionada, um trator da comunidade próxima foi solicitado para limpar a pista que está com muito barro e pode ocasionar mais acidentes.
O acidente foi nas proximidades da divisa de Toledo com Nova Santa Rosa.
Fonte: Portal Nova Santa Rosa.
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Violência atinge 75% de candidatas a prefeita mulheres.
Delegada há mais de 20 anos, Adriana Accorsi (PT), de 47 anos, nunca teve sua família ameaçada, mesmo trabalhando em investigações sobre pedofilia e tráfico infantil. Mas foi só concorrer à prefeitura de Goiânia, nas eleições do ano passado, que um perfil anônimo sugeriu a morte de suas filhas – uma de dois e outra de 26 anos: “Já comprou caixão da Verônica e da Helena?”, dizia a mensagem.
“Já fui muito hostilizada. Diziam que eu não daria conta, duvidaram da minha capacidade. Mas jamais os ataques chegaram ao nível do ano passado. Foi o pior”, afirmou a delegada. Levantamento feito pelo Estadão mostra que Adriana não é exceção entre mulheres que concorreram a prefeituras nas capitais do País. Ao menos 75% delas disseram ter sofrido violência política de gênero.
A enquete foi enviada a todas as 58 mulheres que concorreram aos Executivos municipais das capitais no ano passado. Destas, 50 responderam. Entre elas, 44 relataram violência. A maior parte (46,7%) disse sofrer ataques com frequência e (72,3%) acredita que os episódios prejudicaram a campanha.
“Os ataques são voltados ao corpo da mulher ou relacionados a estereótipos de gêneros, tal como questionamento a papéis sociais tradicionais ou outros meios com objetivo de negar sua competência na esfera política”, disse Tássia Rabelo, doutora em ciência política e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Uma das candidatas relatou ao Estadão, sob anonimato, ter recebido oferta de R$ 10 mil para retirar a sua candidatura, já que, segundo o autor, ela era “nova e mulher”. Enquanto uma ouviu durante um debate que “mesmo sendo mulher, era boa candidata”, outra escutou, de um jornalista, que não servia para ser prefeita, pois era “mulher, feia e sem alma”.
Menções a maridos e ex-namorados se repetem nas histórias contadas à reportagem. “Perguntaram se meu companheiro estava de acordo com minha candidatura”, disse uma delas. Outra afirmou ter sido alvo de campanha difamatória e de desinformação, com postagens insinuando um relacionamento com um ex-chefe. O uso de elementos de conotação sexual é recorrente. “Não voto para Prefeita, te queria na minha cama”, ouviu a deputada Marina Helou (Rede) durante ato de campanha na Avenida Paulista.
Internet
No levantamento feito pelo Estadão, a violência psicológica, que causa danos no estado mental ou emocional, foi quase unânime (97,7%) entre as que sofreram ataques na campanha. O ambiente de mais violência foi a internet, citado por 78% das mulheres. A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) foi a mais atacada, segundo estudo da revista AzMina que analisou tuítes direcionados a candidatas de sete Estados e concluiu que as mulheres receberam mais de 40 xingamentos por dia.
Os ataques a Joice se intensificaram após rompimento com o presidente Jair Bolsonaro. “Sofri por um ano e dois meses um estupro moral, que me levou a um hospital e a perder meu útero”, disse Joice. Nas redes sociais, ela foi alvo de ataques gordofóbicos, que incluem “apelidos” como “Peppa Pig”. Os casos de violência se estendem a ameaças de morte – ela anda escoltada. Em um dos episódios, recebeu, em um hotel, uma cabeça de porco, uma peruca loira e uma carta com a mensagem “vai sofrer, depois morrer”. Na campanha à Prefeitura, os ataques pioraram, disse ela.
Bolívia
Na América Latina, a Bolívia é pioneira na criação de uma legislação específica para coibir a violência política de gênero. A lei foi criada dois meses depois do assassinato da vereadora Juana Quispe, em 2012, e prevê de dois a cinco anos de prisão. No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto em dezembro do ano passado que prevê prisão de quem assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar candidatas ou eleitas.
A cofundadora e diretora do Instituto Update, Beatriz Bella Costa, observou que o grande número de casos de violência contra candidatas nas eleições municipais de 2020 levou, ao menos, o tema a ser discutido. “O assunto virou pauta, começamos a dar um nome para o que acontece. Só assim é possível gerar dados e criar políticas públicas”, disse.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
‘Há resistência dos partidos em querer incluir as mulheres’.
O uso de candidatas como “laranjas” e a restrição de recursos durante a campanha estão entre as violências políticas de gênero mais presentes no processo eleitoral, segundo Luciana Oliveira Ramos, coautora do livro Candidatas em Jogo e professora da FGV-SP. Para ela, a criação de uma legislação de cotas ajudou a reduzir desigualdades, mas há resistência por parte das siglas, que entendem a cota como um teto, e não piso.
A violência de gênero afasta as mulheres da política?
Sem dúvida. Há muitos obstáculos para uma mulher ser eleita. E as que exercem mandato também passam por situações de violência. Muitas olham para esse situação e se perguntam: vale a pena? Precisamos criar um ambiente saudável para que elas queiram participar.
Por que a regra das cotas de gênero não é cumprida?
Há resistência dos partidos em querer incluir mulheres em um ambiente visto como masculino, branco e de posse.
Não há fiscalização do TSE?
A fiscalização está mais forte. Mas ainda falta braço. A Justiça Eleitoral tem poucos assessores e o Judiciário não dá a ênfase necessária a ela.
As ‘laranjas’ são resultado da má aplicação das cotas. Como a Justiça tem visto esse fenômeno?
Não existe uma definição jurídica para “laranja”. Nas decisões sobre essa candidaturas, vimos que a Justiça utilizou uma combinação diferente e aleatória de critérios. Com isso, as candidatas ficam sem qualquer parâmetro para nortear suas atitudes e evitar processos. Um critério isolado, como pouco número de voto ou pouco dinheiro vindo do partido, não é suficiente, pois pode penalizar injustamente a mulher. Dos 93 casos que analisamos, só em seis se configurou a existência de “laranja”.
As cotas são suficientes para garantir igualdade?
Os partidos entendem as cotas como piso, e não um teto. Uma opção é trabalhar com incentivos: se um partido eleger uma mulher, na próxima eleição vai ter o dobro do Fundo Especial. Aí você obriga as siglas a elegerem (mulheres). A distribuição será desigual, é inevitável. Acontece que é muito desigual. Tem partido que deu só para a presidente, por exemplo.
Fonte: O Estado de S. Paulo.