Estudantes protestam contra presença policial na FAP

Estudantes cercam viatura da PM e protestam contra presença policial na FAP.

Uma abordagem da Polícia Militar a um estudante causou tumulto na Faculdade de Artes do Paraná, no campus de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (23). Segundo relatos de testemunhas, os policiais teriam entrado na FAP para prender um estudante que estaria fumando maconha nas dependências da faculdade e agiram com truculência, chegando a agredir o suspeito com tapas e chutes. Um grupo de estudantes e professores cercou a viatura da PM na tentativa de impedir a prisão do rapaz.

O estudante preso, Thiago Bezerra Benites, do curso de Cinema e Vídeo, conta que os policiais não sabiam que ele era estudante da FAP. “Foi extraordinário, nunca tinha ocorrido nada; eu estava andando na área verde entre o campus e um prédio da FAP e os policiais chegaram em uma abordagem violenta; só não foi mais violenta porque os outros estudantes chegaram para tentar impedir que eles me prendessem; depois que eles (os policiais) souberam que eu era estudante da FAP até ficaram arrependidos com a maneira da abordagem”, conta. “Antes tinha policiamento da cavalaria e esses policiais estavam na FAP porque a coordenadora de uma escola (vizinha) disse que estavam fumando maconha no pátio da escola”, conta. Segundo o estudante, ele só foi conduzido porque a coordenadora da Escola Agrícola de Quatro Barras fez questão que alguém fosse preso. “Eu nem estava fumando, fui autuado com uma pequena quantidade muito pequena de maconha”, afirma.

Protesto

A PM entrou no campus de cinema da FAP (CineTV-PR) e, segundo o estudante Guilherme Daldin, o rapaz foi abordado com truculência. “Eu e mais alguns estudantes vimos o momento da abordagem, os policias desceram da viatura com a arma em punho apontada para o estudante, tapa na nuca, chute nos pés e aquela truculência típica da Polícia Militar. Enquanto eles apreendiam o perigoso baseado (um apenas), chamamos os demais estudantes e cercamos a viatura. Os policiais ameaçaram quem filmava a ação, e depois de cercados, avançaram com a viatura sobre os estudantes, quase fomos atropelados”, relata Daldin em seu perfil no Facebook.

Os estudantes reclamam da presença da PM dentro do campus, da truculência da PM e da proporcionalidade das ações. “De um lado um estudante fumando um baseado num lugar quase abandonado e do outro, a violência policial”, diz Daldin.

A assessoria da PM foi procurada na manhã desta quinta-feira (23), mas ainda não enviou resposta.

Fonte Paraná Portal