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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Assoreamento do Rio Paraná prejudica pescadores em Pres. Epitácio.


   

Por trás da beleza do Rio Paraná, em Presidente Epitácio, se esconde um problema que afeta não só a paisagem, mas também as condições naturais do local. O assoreamento provoca bancos de areia na calha do rio e prejudica a reprodução de algumas espécies de peixes. Quase 10 km da margem foi observada e apresenta uma situação preocupante.
Em um ponto, a água avançou cerca de dez metros sobre a margem. Isto provocou o desmoronamento do barranco. A força da água é tanta, que também provocou a destruição das galerias de água da chuva. Segundo os frequentadores do local, a falta de preservação do local torna o problema cada vez pior.
O pescador José Pereira da Silva afirmou que logo que o lago foi formado era possível ver cardumes de Corimba, o que atualmente não ocorre. “Com o assoreamento, o lago ficou raso, então o peixe não aparece", comentou. Ele ainda acrescenta que para os trabalhadores esto é negativo. “Vai chegar uma época que não será possível navegar e com isso, será preciso ir cada vez mais longe para armar a rede”.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Navegação Fluvial, Osmar da Silva, explica que “conforme o vento provoca a maré, o rio vai assoreando e faz com que o barranco desça para dentro da água”. “Em um ponto com galeria de água pluvial, os canos estão dentro da água e em alguns lugares não tem proteção”, completou.
Situações semelhantes podem vistas em toda a extensão do rio. Em um segundo ponto, o barranco foi engolido pela água, que destruiu uma rampa para embarcações, além de uma escada. A areia que volta para dentro da água forma bancos na calha e por toda margem, a cena mais comum é a falta de preservação. Em um outro local foi colocada uma proteção de pedra com tela, para tentar segurar o barranco. Mas a medida não foi suficiente.
Ainda conforme o presidente do sindicato, "atualmente os ventos são constantes, então a cada dois ou três dias há uma corrente que provoca a maré, que bate no barranco e leva areia para dentro da água”. Uma alternativa seria proteger os barrancos, mas são poucos os lugares que a proteção pode ser constatada.
Em uma área da margem, que é particular, a proteção foi feita para evitar o assoreamento. Um saco com cimento dentro foi colocado para que a maré não leve parte do barranco. Porém, isto é necessário em toda extensão do rio. De acordo com o ambientalista da Associação em Defesa do rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (Apoena) Djalma Weffort, situação é preocupante.
“O assoreamento do Rio Paraná é uma realidade e é um processo que vem há muito tempo". "Atualmente, está agonizando em função da barragem do rio e a falta de conservação das margens”, apontou o ambientalista. Ele ainda diz que “esses sedimentos vão comprometer o leito do rio e a qualidade da água, além das áreas desprovidas de vegetação.”
fonte G1

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