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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sem crise, Paraná 'agradece à natureza' por reservas de água.


      Barragem do Rio Passaúna é uma das principais do estado. (Foto: Sanepar/Divulgação)

É improvável que a grande crise hídrica que assola os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais chegue ao Paraná tão cedo. Com riqueza de rios e bom volume de chuvas nos últimos meses, o estado tem abastecimento em 700 localidades atualmente, contando municípios e distritos. As quatro principais barragens do estado, na Região Metropolitana de Curitiba, responsáveis por 30% de todo o suprimento paranaense, têm 98% do volume completo.
Em Curitiba, por exemplo, caso mais nenhuma gota de chuva caísse, de hoje em diante, a água que existe estocada ainda abasteceria a população durante sete, oito meses, estima a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O último grande racionamento no estado, diz a empresa, foi justamente na capital, em 2006, quando houve estiagem e faltou água para milhares de pessoas.
"Temos que agradecer à natureza, porque fomos privilegiados com as chuvas. Basicamente, esta é a diferença entre o nosso estado e os que estão enfrentando crise. Muitas vezes, sem explicação, a chuva chegou até o norte do Paraná e parou, não seguiu até São Paulo, por exemplo. O recurso, tratando-se de água, depende do imponderável, do natural. Felizmente, tivemos sorte", comemora o diretor de operações da Sanepar, Paulo Alberto Dedavid.
Mesmo assim, ainda há problemas sérios, como a falta de caixas d'água em mais de 20% das casas paranaenses e as milhões de obras de reparos necessárias por ano (são 400 mil por mês, em média, segundo a companhia estadual) - na maioria delas, o corte na distribuição por pelo menos um dia é necessário. Além disso, a Sanepar não atende 54 cidades paranaenses, cujo abastecimento é de responsabilidade das prefeituras
A rede insuficiente em cidades pontuais também causa problemas, ocasionalmente - quase sempre, quando há recorde de calor. Em 2014, por exemplo, municípios como Apucarana, Arapongas, Francisco Beltrão e Guarapuava tiveram que passar por rodízio.
Mesmo sem risco eminente, o momento de estiagem requer atenção para o desperdício. "Estamos em um momento confortável, mas não é por isso que temos que descuidar. Pode acontecer de não chover amanhã. E aí, como fica? Economizar, ter consciência no uso, é sempre importante", ressalta o diretor da Sanepar.
Hoje, o estado sobrevive com três tipos de abastecimento: por meio dos rios, de barragens (barreiras artificiais para a retenção de água) e poços tubulares profundos. A maioria das obras - e a tranquilidade atual -, no entanto, só é possível graças a um projeto financiado pelo governo japonês, assinado pelo governo estadual em 1998, afirma Dedavid.
"O setor não tinha financiamento no passado, a nível nacional. Sofremos com isso durante anos, porque, lá atrás, o planejamento dos sistemas foi mal feito. Faltou investimento. Hoje, o Paraná só está tranquilo porque fomos buscar recursos internacionais", diz o diretor.
Fonte : G1

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