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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Servidor público de Cascavel registra queixa de agressão contra o prefeito.


       

Um servidor público da Prefeitura de Cascavel, no oeste do Paraná, registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na 15ª Subdivisão Policial (SDP) contra o prefeito Edgar Bueno (PDT). De acordo com o analista de tributos do município, Reinaldo Alves Vilela, ele foi agredido por Bueno com dois tapas, além de xingamentos.
Segundo Vilela, a confusão foi motivada por uma publicação em uma rede social. “No perfil de um dos advogados da prefeitura, estavam falando de corrupção, que a prefeitura arrecada muito dinheiro que não é investido. Eu entrei na conversa e fiz uma afirmação com base em deputados que gastam milhões para se defender de cassações, mas não citei o nome do prefeito”, conta.
Na postagem, Vilela questiona o advogado sobre o fato de se gastar R$ 15 milhões em um processo de cassação e, ainda, completa dizendo que é melhor ele não dizer nada porque pode ser comprometedor. O BO foi registrado na segunda-feira (5), e a publicação na rede social é de sábado (3).
O prefeito e o vice-prefeito Maurício Theodoro respondem a um processo de cassação que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na ação movida pelo candidato derrotado nas eleições de 2012, deputado estadual Professor Lemos (PT), Bueno e Theodoro são suspeitos de fazer propaganda caluniosa contra ele.
De acordo com o delegado Ademair Braga Júnior, Vilela registrou o ocorrido em um BO, mas não quis representar contra o prefeito, ou seja, não quis denunciá-lo. O analista também não se submeteu a exames de corpo de delito que comprovam os hematomas. Por isso, o prefeito não deve responder por nenhum crime, segundo o delegado.
Em nota, o prefeito Edgar Bueno negou que tenha agredido o servidor público. Ele disse ainda que o encontro foi casual e, no momento, comunicou Vilela que abrirá um processo criminal em função das declarações do analista.
Vilela contou ao G1 que na segunda-feira, após o expediente, encontrou o Bueno acompanhado do motorista e de outra servidora. “Ele me desferiu um monte de palavrões por causa da publicação, e na saída me deu dois tapas fortes no ombro. Talvez nem tenha sido intencional, mas com a raiva que ele estava no momento meu ombro ficou bem dolorido”, conta.
O analista trabalha na prefeitura há mais de 23 anos e diz que pretende continuar no cargo. “Vou continuar normal aqui e espero não sofrer represálias. Eu só fiz o que é certo. Se é crime para uma pessoa de fora desrespeitar uma servidor público, também é crime para prefeito. Funcionário deve ter o devido respeito, espero que ele tenha aprendido a lição. Não há porque ter raiva, se ele quiser ser meu amigo, vamos ser amigos”, completa.
Vilela diz que não vai apagar a publicação. “Eu entendo que cada um de nós pode escrever o que entende, desde que não fira outra pessoa, e se ferir ela tem direito de se defender no mesmo espaço. E era o que ele poderia ter feito. Foi uma ameaça contra a liberdade de expressão ao querer me frear, foi uma ameaça moral e física”.
Fonte : G1

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