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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Após Lei das Cadeirinhas, mortes de crianças no trânsito caem 25% no PR.


   

A famosa Lei das Cadeirinhas completará cinco anos em vigência em setembro com muitos motivos para comemorar. De acordo com levantamento feito pela reportagem do Bem Paraná, desde o dia 1º de setembro de 2010, quando a lei entrou em vigor, o número de mortes de crianças em acidentes de trânsito registrou queda de 25,27% em todo o estado. Contudo, muita gente ainda insiste em não usar o equipamento de segurança, tanto que a quantidade de multas aplicadas pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) registrou alta de 60,55% entre 2012 e 2014.
Segundo as informações do Datasus, do Ministério da Saúde, entre janeiro de 2007 e agosto de 2010 foram registradas 362 óbitos de crianças em acidentes de trânsito, o que dá uma média de oito mortes por mês. Após a lei entrar em vigência e os órgãos de fiscalização começarem a punir quem não utilizasse as cadeirinhas, obrigatórias no transporte de crianças com até 7,5 anos, a média de óbitos mensais caiu para seis. O levantamento levou em consideração crianças com idade entre 0 e 9 anos de idade, faixa etária disponível no sistema do Datasus.
No Paraná, a cidade com maior registro de mortes é Curitiba. Entre 2007 e 2013 (último dado disponível), foram 52 óbitos na Capital. Contando todos os municípios que formam a região metropolitana, o número sobe para 131. Contudo, desde que a lei entrou em vigor, a redução no número de óbitos foi ainda mais expressiva na RMC, com queda de 36,17%.
A redução no número de mortes no Paraná segue a média nacional. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde setembro de 2010 o número de óbitos caiu entre 20% e 30% no território nacional. Para Gabriela de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, e Juan Ramon Soto Franco, coordenador de educação para o trânsito do Detran-PR, o balanço desses cinco anos da Lei das Cadeirinhas é muito positivo.
“A cadeirinha em si tem um potencial de 71% de evitar morte de criança em colisão e notamos que houve, de fato, uma redução no número de mortes. Então nossa avaliação é de que a lei é muito positiva”, afirma Gabriela. “É cada vez menor o número de pessoas que não usam o dispositivo e vemos também diferentes eventos em que o uso da cadeirinha salvou vidas. Então (o balanço) com certeza é positivo”, complementa Franco.
Entretanto, os dados do Detran mostram que ainda existem muitas pessoas que insistem em não usar o dispositivo de segurança para transportar crianças. Em 2012, foram aplicadas 5,734 multa em todo o estado pelo transporte de crianças em veículos automotor “sem observância das normas de segurança”. Dois anos depois, esse número já havia saltado para 9.206. Em Curitiba, o total de infrações saltou de 1.019 em 2012 (quando a Capital foi eleita a que mais respeitava a lei pelo Datafolha) para 2.304 no ano passado.

Para Franco, o que acontece é que muitas pessoas ainda sofrem com o desconhecimento sobre a lei, reflexo da falta de campanhas educativas permanentes e constantes. Já Gabriela acredita que nas grandes cidades há uma maior conscientização sobre o uso da cadeirinhas, bebê conforto e assento de elevação, mas no interior a realidade é totalmente diferente.
“Nas capitais e grandes cidades, já se tem uma maior conscientização, até porque é onde tem fiscalização. Mas quando vai para cidades mais remotas, o equipamento de segurança parece não fazer parte da realidade. É menos de 5% das pessoas usando a cadeirinha nesses lugares”, comenta Gabriela. “Então em muitos lugares do Brasil o dispositivo ainda é um objeto estranho, sem contar que tem muita gente que acha que é frescura, diz que criou 10 filhos e nunca usou cadeirinha, então não vai comprar. Infelizmente ainda tem muito essa mentalidade”, finaliza.
Fonte  BEMPARANÁ

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