Anúncio

ÁUDIO DESCRIÇÃO DO BLOG DO BETO: VOCÊ QUE TEM PROBLEMA VISUAL CLIQUE AQUI EM BAIXO:

terça-feira, 21 de julho de 2015

Moradores tentam evitar construção de cemitério em Guarapuava.


   

A possibilidade de construção de um novo cemitério em Guarapuava, na região central do Paraná, mobilizou moradores que são contrários à obra. Para eles, o chorume dos corpos pode contaminar a água de fontes naturais. Por outro lado, a Secretaria de Habitação afirma o que novo espaço deve estar em funcionamento até agosto deste ano, porque, a partir desta data, os demais cemitérios da cidade não terão mais condições de receber novos corpos.

De acordo com administração municipal, foram levados em consideração para escolha do terreno critérios ambientais e de uso da população. O processo de licenciamento da área, que deve abrigar o novo cemitério, ainda está em andamento.

Por enquanto, a prefeitura tem uma licença prévia. Ainda são necessárias outras duas licenças ambientais (instalação e operação), concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para que o cemitério possa sair do papel.
Com o intuito de evitar a construção, moradores organizaram um abaixo-assinado. "A água do cemitério vai desaguar e vai vir tudo para nossa casa. Vai ter enxurrada e vem tudo para nossa casa. Aqui é uma área rural, onde falta água, e as pessoas buscam água nas vertentes", disse Sônia de Fátima Cordeiro, que mora na região.

A comerciante Monika Prasel, que tem uma fábrica de gelo, também está preocupada. Ela bombeia água diretamente da fonte para produzir o produto. Segundo a comerciante, a água é tratada conforme exigências da Vigilância Sanitária e, se houver contaminação, o negócio pode ficar inviável.
“Precisamos saber se isso não vai contaminar todos os lençóis freáticos da região, afinal, essa a água que nós usamos aqui é de um lençol, que assim mesmo, a gente tem que tratar. Então, é bem preocupante essa situação".
Depois das análises feitas para a liberação da licença prévia, foram encontrados cursos d'água a 15 metros de profundidade. A legislação determina que os corpos precisam ser enterrados a uma distância de, pelo menos, um metro e meio destes cursos. Como, geralmente, o sepultamento ocorre a um metro da superfície, a norma deve ser atendida, de acordo com a prefeitura.
Um invólucro de plástico vai ser o sistema de coleta de chorume individual no cemitério, impedindo que o líquido se infiltre no solo. O projeto prevê oito mil covas e, segundo o secretário de habitação Flávio Alexandre, anualmente irá ocorrer um monitoramento da área.

Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, a coleta e administração do chorume estão entre as principais condições para que as duas licenças faltantes sejam liberadas. "Toda a água das chuvas que incide no local não pode ir para dentro dos jazigos. Ela tem que ser canalizada em um sistema de drenagem”, explicou Marco Antonio da Silva, que é técnico de licenciamento do IAP.
Fonte  G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.