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Paraná registra temperatura abaixo de zero e frio predomina
em grande parte do estado.
General Carneiro, no
Centro-Sul do Paraná, registrou temperaturas negativas na madrugada deste
domingo (13). Segundo o Instituto Meteorológico Simepar, os termômetros na
cidade chegaram a -1,4°C, a menor temperatura do estado. Curitiba também
amanheceu gelada, com 5°C.
A condição, segundo o
Simepar, se dá por conta da atuação de um sistema de alta pressão atmosférica.
“A tendência para o restante da manhã é de o tempo se manter estável, sem
chuva. Mas, apesar de o sol predominar, não deve esquentar muito. A partir da
noite, nota-se novamente um alto resfriamento”, explica o meteorologista Samuel
Braun.
Na capital, a
expectativa é de que as temperaturas não passem dos 18°C neste domingo.
Para segunda-feira,
novamente a expectativa é para temperaturas baixas. “Previsão de mínimas
próximas aos 5°C, então mantém-se um padrão e com condição de formação de
nevoeiros”, conclui Braun.
Convivente chega em casa vê Mulher com amigos e acaba agredindo-a em Pitanga.
Nesta data a equipe foi acionada para dar atendimento a uma
ocorrência de lesão corporal.
No local em contato com a solicitante a qual relatou que
estavam com alguns amigos e quando chegou à residência, seu convivente a agrediu
ela com uma cabeçada no nariz.
Trancou o portão, fazendo-se necessário a vítima pular o muro
para sair da residência, e tomou rumo ignorado.
A equipe realizou buscas próximo ao local, sendo localizado o
suspeito na esquina de baixo da residência.
Ambas as partes, apresentavam sinais de embriaguez e foram encaminhadas para a 45ª DRP para as demais providências.
Polícia para dois
suspeitos e acaba encontrando maconha em Pitanga.
A equipe estava em
patrulhamento próximo à praça da vila padre mioto rua dos pinheirais quando
visualizou duas pessoas em atitude suspeita.
Feita a abordagem e
identificados, sendo que na revista pessoal foi localizado com -------- a
quantia de 3,6 gramas de substância análoga a maconha.
Foi encaminhado para o
cartório da 3ª CIA para os devidos procedimentos.
Homem é encontrado
morto na rua por populares em Palmital.
A equipe recebeu a
solicitação de populares que relataram terem encontrado um senhor caído na
estrada da Volta Caída e que aparentava estar sem vida.
Diante dos fatos a
equipe acionou o posto de saúde municipal e deslocou até o local onde constatou
os fatos.
A equipe então acionou
a Polícia Civil. Foi identificado o cidadão. Foi acionado o IML.
Hoje em Guarapuava PRF
atende acidente envolvendo uma carreta na BR 277.
A PRF, foi acionada
para atender um acidente nesta madrugada envolvendo uma carreta no KM 345 da BR
277 em Guarapuava.
No dia 13/06/21, por
volta das 3:50 Hr., houve um acidente com tombamento de uma carreta
transportando saco de calcário que foram derramados sobre a via.
Uma Scania do Paraguai,
que seguia sentido a Candói, conduzido por um paraguaio no teste do bafômetro deu
como estado normal do motorista.
O acidente
provavelmente por motivos mecânico, não houve vítimas, mas a pista ficou totalmente
interditada, mas estava sendo liberada assim que possível.
Informações e imagem
PRF.
Dois acidentes envolvendo carro e moto deixa três feridos em
Ivaiporã.
Dois acidentes de
trânsito envolvendo carro e moto no sábado (12) em Ivaiporã teve
como saldo três pessoas feridas, segundo informações da Polícia Militar
(PM).
Dois acidentes de
trânsito envolvendo carro e moto no sábado (12) em Ivaiporã teve
como saldo três pessoas feridas, segundo informações da Polícia Militar
(PM).
A primeira ocorrência
foi registrada no início da manhã, por volta das 7h50, na Av. Paraná. Duas
mulheres, estavam em uma motocicleta Honda – BIZ 110, que trafegava sentido ao
centro, quando colidiu com a porta de uma camionete S10, a motocicleta que já estava
em cima acabou sendo atingida pela porta. As vítimas que sofreram ferimentos
leves, foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e encaminhadas ao Hospital
Municipal.
Outro acidente por
volta das 20 horas foi na Av. Ladislao Gil Fernandez, próximo a rotatória do
Torno Ivaí e envolveu um automóvel Honda Civic e uma motocicleta Honda CG
150 FAN. O motociclista foi socorrido pela equipe do SAMU e Corpo de
Bombeiros com ferimentos considerados grave.
O motorista do
automóvel, segundo testemunha, estaria embriagado e deixou o local do acidente.
A equipe da Polícia Militar apreendeu um aparelho celular que estava no carro,
bem como, os veículos foram recolhidos.
Fonte: TN Online.
Homem e criança sofrem ferimentos em colisão na PR-180.
O acidente foi
registrado por volta de 19h na rodovia PR-180 próximo ao trevo da PR-566,
Contorno Leste envolvendo um veículo Gol e um veículo Fiat/Uno.
Um homem de 36 anos e
uma criança de 09 anos (menino) sofreram ferimentos e foram socorridos pelo
Corpo de Bombeiros e encaminhados para atendimento médico.
Fonte PPNEWS
Homem morre ao colidir com o carro num caminhão na PR-180.
O acidente foi
registrado na tarde deste sábado (12), por volta de 17h na rodovia PR-180,
bairro Jardim Seminário em Francisco Beltrão envolvendo um Fiat/Idea placas de
Dois Vizinhos e um caminhão Volks placas de Quedas do Iguaçu.
Segundo o condutor do
caminhão, ele subia com o caminhão Bitrem carregado de toras de pinus pela
PR-180 sentido ao trevo da PR-566 quando o veículo que seguia no sentido oposto
teria invadido a pista contrária, retornou para a sua pista e quando se
aproximou do caminhão entrou na pista contrária novamente colidindo
violentamente na frente do caminhão.
O condutor do caminhão
informou ainda “que subia em cerca de 20 km por hora e não teve alternativa,
pois a direita é um barranco de pedra. Só parei o caminhão e esperei o baque”
concluiu o motorista.
O Corpo de Bombeiros e
SAMU foram acionados e foi constatado o óbito do condutor André Luiz da Silva,
41 anos. Foi necessário cortar a lataria do carro para retirar a vítima.
Após liberado pela
Criminalística o corpo foi encaminhado ao IML de Francisco Beltrão.
A Polícia Rodoviária Estadual registrou a ocorrência. O trânsito ficou interrompido por cerca de uma hora nos dois sentidos.
Fonte PPNEWS
STF mantém quebra de sigilo de Pazuello, Araújo e capitã cloroquina na CPI.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negaram neste sábado, 12, pedidos para suspender as quebras de sigilos telefônico e telemático aprovadas pela CPI da Covid contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-chefe do Itamaraty Ernesto Araújo e a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina. Os magistrados entenderam que as medidas foram determinadas nos limites dos poderes constitucionais e regimentais e no exercício dos poderes instrutórios do colegiado.
Nas decisões com relação à Pazuello e Mayra, o ministro Ricardo Lewandowski fez ressalvas quanto ao trato dos documentos confidenciais e também com relação à proteção de elementos de natureza eminentemente privada, estranhos ao objeto da investigação que deverão permanecer cobertos por rigoroso sigilo.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negaram neste sábado, 12, pedidos para suspender as quebras de sigilos telefônico e telemático aprovadas pela CPI da Covid contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-chefe do Itamaraty Ernesto Araújo e a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina. Os magistrados entenderam que as medidas foram determinadas nos limites dos poderes constitucionais e regimentais e no exercício dos poderes instrutórios do colegiado.
Nas decisões com relação à Pazuello e Mayra, o ministro Ricardo Lewandowski fez ressalvas quanto ao trato dos documentos confidenciais e também com relação à proteção de elementos de natureza eminentemente privada, estranhos ao objeto da investigação que deverão permanecer cobertos por rigoroso sigilo.
No entanto, o ministro registrou que os motivos que levaram às quebras de sigilo do ex-ministro e da servidora coincidiam com o objeto da CPI – no caso de Pazuello, pelo fato de o general ter ocupado a chefia da pasta durante 10 meses; e no caso de Mayra, pela suposta inobservância dos deveres éticos e profissionais, seja no exercício da medicina, seja como Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, inclusive com menção expressa à notória crise sanitária ocorrida em Manaus.
“Considerando que as medidas determinadas pela CPI da Covid -19 em relação ao impetrante guardam plena pertinência com o escopo da investigação, e não se mostram, a princípio, abusivas ou ilegais, não vislumbro, ao menos neste juízo preliminar, a existência de argumentação relevante que possa ensejar a suspensão cautelar do ato combatido”, registrou o ministro com relação aos pedidos de Mayra e da Advocacia-Geral da União (que acionou a corte contra a quebra de sigilo de Pazuello).
Na mesma linha, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que o afastamento do sigilo do ex-ministro das Relações Exteriores se deu de forma proporcional e razoável, ressaltando que direitos e garantias individuais não podem ser utilizados como um verdadeiro escudo protetivo da prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade política, civil ou penal por atos criminosos.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negaram neste sábado, 12, pedidos para suspender as quebras de sigilos telefônico e telemático aprovadas pela CPI da Covid contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-chefe do Itamaraty Ernesto Araújo e a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina. Os magistrados entenderam que as medidas foram determinadas nos limites dos poderes constitucionais e regimentais e no exercício dos poderes instrutórios do colegiado.
Nas decisões com relação à Pazuello e Mayra, o ministro Ricardo Lewandowski fez ressalvas quanto ao trato dos documentos confidenciais e também com relação à proteção de elementos de natureza eminentemente privada, estranhos ao objeto da investigação que deverão permanecer cobertos por rigoroso sigilo.
No entanto, o ministro registrou que os motivos que levaram às quebras de sigilo do ex-ministro e da servidora coincidiam com o objeto da CPI – no caso de Pazuello, pelo fato de o general ter ocupado a chefia da pasta durante 10 meses; e no caso de Mayra, pela suposta inobservância dos deveres éticos e profissionais, seja no exercício da medicina, seja como Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, inclusive com menção expressa à notória crise sanitária ocorrida em Manaus.
“Considerando que as medidas determinadas pela CPI da Covid -19 em relação ao impetrante guardam plena pertinência com o escopo da investigação, e não se mostram, a princípio, abusivas ou ilegais, não vislumbro, ao menos neste juízo preliminar, a existência de argumentação relevante que possa ensejar a suspensão cautelar do ato combatido”, registrou o ministro com relação aos pedidos de Mayra e da Advocacia-Geral da União (que acionou a corte contra a quebra de sigilo de Pazuello).
Na mesma linha, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que o afastamento do sigilo do ex-ministro das Relações Exteriores se deu de forma proporcional e razoável, ressaltando que direitos e garantias individuais não podem ser utilizados como um verdadeiro escudo protetivo da prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade política, civil ou penal por atos criminosos.
“A conduta das Comissões Parlamentares de Inquérito deve equilibrar os interesses investigatórios pleiteados – eventuais condutas comissivas e omissivas do Poder Público que possam ter acarretado o agravamento da terrível pandemia causada pelo Covid-19 -, certamente de grande interesse público, com as garantias constitucionalmente consagradas, preservando a segurança jurídica e utilizando-se dos meios jurídicos mais razoáveis e práticos em busca de resultados satisfatórios, garantindo a plena efetividade da justiça, sob pena de desviar-se de sua finalidade constitucional”, registrou o ministro.
Outros dois alvos das quebras de sigilo decretadas pela CPI da Covid também acionaram o Supremo para tentar derrubar a medida – o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos Hélio Angotti Neto, médico seguidor do escritor Olavo de Carvalho; e o ex-assessor especial do Ministério da Saúde Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo. Os pedidos foram distribuídos aos gabinetes dos ministros Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli, respectivamente.
Fonte CGN
Motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão aos cofres
públicos, diz governo de SP.
A Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo informou que foram gastos mais de R$ 1,2 milhão
com o reforço no policiamento para a motociata com o presidente Jair Bolsonaro
realizada neste sábado, 12, na capital paulista e região de Jundiaí. Policiais
das três forças de segurança estaduais foram convocados para garantir a
segurança do presidente e a fluidez no trânsito.
A Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo informou que foram gastos mais de R$ 1,2 milhão
com o reforço no policiamento para a motociata com o presidente Jair Bolsonaro
realizada neste sábado, 12, na capital paulista e região de Jundiaí. Policiais
das três forças de segurança estaduais foram convocados para garantir a
segurança do presidente e a fluidez no trânsito.
Dos mais de 6,3 mil
policiais escalados, 1.433 atuaram exclusivamente nas medidas relacionadas ao
deslocamento dos manifestantes ao longo dos 129 km do trajeto. Foram empregados
policiais de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque,
Trânsito, Rodoviária e Comando de Aviação da PM, Canil, além de equipes do
Corpo de Bombeiros e do Resgate.
A operação contou ainda
com dedicação exclusiva de 5 aeronaves, 10 drones e aproximadamente 600
viaturas, entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais.
Todo ato foi monitorado pelo sistema Olho de Águia, por meio de câmeras fixas,
móveis, motolink e bodycams.
O governo paulista
autuou o presidente Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o deputado Coronel Tadeu e o
ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, por não terem usado máscara na
manifestação.
Fonte CGN.
Zarattini quer mudar a lei com exclusão do artigo 11, que
retira o nepotismo, carteirada e até a furada de fila da vacinação por
autoridades.
Em acordo com líderes
partidários na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL),
pautou para a semana que vem a votação em plenário do polêmico projeto que
afrouxa a Lei de Improbidade Administrativa, usada para punir práticas como o
nepotismo. A decisão foi tomada sem que se conheça a versão final do texto,
ainda não apresentada pelo relator, Carlos Zarattini (PT-SP), e atropela a
comissão especial que analisa a proposta desde 2019.
A primeira versão do
texto do relator, apresentada no fim do ano passado, foi criticada por
entidades que atuam na área de transparência, agentes de órgãos de investigação
e até por integrantes do governo, que apontaram possíveis prejuízos no combate
à corrupção no País.
Entre as principais
alterações propostas por Zarattini está a exclusão do artigo 11 da lei – o
dispositivo prevê punições a práticas que afrontem os princípios da
administração pública, como o nepotismo, a “carteirada” e até a “furada de
fila” da vacinação. Segundo a proposta, apenas condutas que gerem
enriquecimento ilícito ou prejuízo aos cofres públicos poderiam ser alvo de
processos contra prefeitos e demais gestores.
Zarattini disse
ao Estadão que ainda
deve apresentar um novo parecer até o início da próxima semana. “Tivemos várias
críticas e sugestões e estamos preparando modificações”, afirmou. Questionado,
ele não respondeu se devolverá o artigo 11 ao texto ou incluirá a possibilidade
de punir agentes públicos que violarem os princípios da administração pública.
O autor do projeto,
deputado Roberto de Lucena (Podemos-SP), disse ter estranhado o avanço da
medida e a ideia de se pautar o texto, na semana que vem, diretamente no
plenário, sem que ainda sejam conhecidas as alterações no projeto. É nas
comissões especiais que as propostas passam por discussões mais aprofundadas,
incluindo a realização de audiências com representantes da sociedade civil.
Em acordo com líderes
partidários na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL),
pautou para a semana que vem a votação em plenário do polêmico projeto que
afrouxa a Lei de Improbidade Administrativa, usada para punir práticas como o
nepotismo. A decisão foi tomada sem que se conheça a versão final do texto,
ainda não apresentada pelo relator, Carlos Zarattini (PT-SP), e atropela a
comissão especial que analisa a proposta desde 2019.
A primeira versão do
texto do relator, apresentada no fim do ano passado, foi criticada por
entidades que atuam na área de transparência, agentes de órgãos de investigação
e até por integrantes do governo, que apontaram possíveis prejuízos no combate
à corrupção no País.
Entre as principais
alterações propostas por Zarattini está a exclusão do artigo 11 da lei – o
dispositivo prevê punições a práticas que afrontem os princípios da
administração pública, como o nepotismo, a “carteirada” e até a “furada de
fila” da vacinação. Segundo a proposta, apenas condutas que gerem
enriquecimento ilícito ou prejuízo aos cofres públicos poderiam ser alvo de
processos contra prefeitos e demais gestores.
Zarattini disse
ao Estadão que ainda
deve apresentar um novo parecer até o início da próxima semana. “Tivemos várias
críticas e sugestões e estamos preparando modificações”, afirmou. Questionado,
ele não respondeu se devolverá o artigo 11 ao texto ou incluirá a possibilidade
de punir agentes públicos que violarem os princípios da administração pública.
O autor do projeto,
deputado Roberto de Lucena (Podemos-SP), disse ter estranhado o avanço da
medida e a ideia de se pautar o texto, na semana que vem, diretamente no
plenário, sem que ainda sejam conhecidas as alterações no projeto. É nas
comissões especiais que as propostas passam por discussões mais aprofundadas,
incluindo a realização de audiências com representantes da sociedade civil.
“Como pode ser isso se
não temos ainda o texto publicado com as adequações feitas pelo relator para
conhecimento dos parlamentares e da sociedade? É um absurdo. Precisamos ter
acesso ao texto do substitutivo e ver o que tem ali. Aliás, por que esse
substitutivo não será votado primeiro na comissão especial?”, questionou
Lucena.
Para o deputado Tadeu
Alencar (PSB-PE), presidente da comissão criada em 2019, ainda na gestão de
Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Casa, o projeto é “controverso”, e pular etapas
levanta dúvidas sobre a intenção dos parlamentares. “Você não conhecer o texto
numa matéria pode aumentar o grau de resistência ou mesmo de incompreensão.
Votar na comissão, primeiro, seria importante até do ponto de vista simbólico
de que se cumpriu todas as etapas. ” Ao todo, a comissão comandada por Alencar
fez 12 reuniões entre agosto e novembro de 2019, ainda antes da pandemia. Desde
então, não se reuniu mais.
Para a deputada Adriana
Ventura (Novo-SP), as mudanças propostas são “substanciais” e precisam de ampla
discussão: “O encaminhamento direto para o plenário ensejará uma aprovação de
afogadilho e afetará o debate do tema, o que pode representar uma grande ameaça
ao combate à corrupção”.
Engessa
O presidente Jair Bolsonaro apoia a proposta sob o argumento de que a
legislação atual “engessa” a atuação de prefeitos, que, segundo ele, deixam de
agir em determinados momentos com receio de serem processados. Líder do governo
na Câmara, o deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR) é um dos principais
articuladores para a votação do projeto. Em entrevista ao Estadão, em fevereiro, ele defendeu o
fim da punição ao nepotismo, prática de políticos contratarem os próprios
parentes para trabalhar no serviço público. “O relatório é o que está no site
(a primeira versão do texto de Zarattini). Não tem grandes mudanças. Vai ao
plenário. Deve votar na semana que vem”, disse Barros ontem.
Segundo o entendimento
dos que defendem a mudança na legislação, é preciso evitar casos como a
cassação ou a perda de direitos políticos de um prefeito pelo fato de prestar
contas fora do prazo, por exemplo.
Em março, o Estadão mostrou que pareceres dos
ministérios da Justiça e da Casa Civil sobre o projeto que altera a lei
demonstram preocupação de integrantes do governo com prejuízos ao combate à
corrupção no País caso a medida seja aprovada. “O texto revoga dispositivos
importantes para o combate à improbidade e vai de encontro à finalidade do PL
(projeto de lei), que é a de conferir maior eficácia ao combate à corrupção e à
malversação dos recursos públicos”, diz o relatório da Casa Civil, que
recomenda alterações em 44 pontos da primeira versão do texto apresentado por
Zarattini.
Outra mudança polêmica
prevista no primeiro relatório do petista é a que impede a demissão de agentes
públicos, em casos de mudança de cargo. Por exemplo, se um deputado federal,
hoje, for condenado em ação de improbidade administrativa, por atos que
praticou quando era prefeito, não perderia a função pública.
A Lei de Improbidade
estabelece a “perda da função pública” como uma das penas possíveis a
condenados nas ações civis de improbidade. Vinte anos depois, a interpretação
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) está consolidada no sentido de que não
importa o cargo ocupado pelo réu; ele será cassado no fim do processo caso essa
pena seja aplicada. Zarattini não informou se essas mudanças serão mantidas na
versão final.
O diretor executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino, criticou as alterações propostas e a falta de discussão do texto. “O processo foi pouco transparente e com escasso debate com a sociedade civil e órgãos de controle, já que não houve audiências públicas para debater o substitutivo”, disse.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.
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