Aparelhos de ar condicionados são instalados em cadeia para evitar fugas.
Presos da cadeia de Marilândia do Sul, no norte do Paraná, vão ter um refresco nesse verão. As celas ganharam aparelhos de ar condicionado. A instalação dos equipamentos teve apoio de várias entidades que desejam reduzir o risco de fugas e rebeliões.
A cadeia de Marilândia do Sul foi construída há trinta anos e tem apenas duas celas. Foi projetada para abrigar no máximo oito presos, mas está com 22. Devido ao calor portas da carceragem ficavam abertas pra melhorar a ventilação, situação considerada arriscada e que está sendo revista com o uso do ar condicionado. “O calor é muito grande lá dentro. Claro que nós levamos em consideração que, muitas vezes, um cidadão de bem não tem esse tipo de aparelho em casa. Mas é uma questão de segurança. Instalamos para melhorar a segurança da comunidade”, explica o presidente do Conselho de Segurança de Marilândia do Sul, Jaime Antônio.
O Conselho de Segurança, que monitora as condições dos presos, foi a entidade que liderou a iniciativa da compra e instalação dos aparelhos. A ação ocorreu depois que vistorias apontaram a falta de ventilação e superlotação, além do risco de fuga e rebeliões. “Com o ar condicionado na cela, o preso não vai se revoltar. Pensa bem, ele já está pagando uma pena, os policiais não sabem o que ele está pensando e ainda o calor interferindo”, alega o ex-presidente do Conselho de Segurança, Aristides Bueno.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi consultado e não se opôs à instalação do ar condicionado. Além disto, não existe na lei nenhum artigo que impeça a instalação destes aparelhos em cadeias ou penitenciárias. O judiciário também apoiou a medida. O órgão inclusive garantiu a compra dos equipamentos. Foi o dinheiro recebido de multas e outras punições recebidas pelo Judiciário que comprou e pagou o serviço de instalação do ar condicionado.
O delegado de Marilândia do Sul, Henrique Hoffmann, explicou que a instalação dos equipamentos foi uma medida excepcional e não se trata de nenhum privilégio. A intenção foi garantir a segurança da cadeia, evitar tumulto nos dias mais quentes e assegurar as condições básicas de saúde dos presos.
Fonte : G1
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