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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Paraná fecha 2014 com "rombo" de R$ 4,6 bilhões, segundo maior déficit do País.


   

O governo do Paraná fechou 2014 com um déficit de R$ 4,6 bilhões, segundo maior entre os estados brasileiros, atrás apenas do Rio de Janeiro, que terminou o ano passado com um "rombo" de R$ 7,3 bilhões em suas contas. Levantamento publicado pelo jornal Folha de São Paulo de hoje revela que 17 dos 27 governos estaduais fecharam o ano no vermelho.
É a primeira vez que isso acontece desde a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2000. Em 2011, primeiro ano das administrações passadas, apenas dois governadores registraram saldo negativo e precisaram se endividar para financiar gastos cotidianos e obras de infraestrutura.
A equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicou que espera que Estados e municípios alcancem um superavit de R$ 11 bilhões neste ano, o equivalente a 17% da meta de economia estabelecida para o setor público, de R$ 66 bilhões, incluindo o governo federal e as estatais.
No ano passado, os governos estaduais tiveram deficit de R$ 13,2 bilhões, pela metodologia adotada pelo Banco Central, e de R$ 11,7 bilhões pelos balanços locais, sem incluir o Amapá, que ainda não publicou os dados.
Em valores absolutos, os maiores rombos foram contabilizados no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco –comandados, respectivamente, pelo PMDB, pelo PSDB e pelo PSB, todos vitoriosos nas últimas eleições.
Os Estados superavitários foram São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pará, Rondônia e Roraima. Como proporção da economia local, o maior deficit é o do Acre, onde o PT conquistou nas urnas o quinto mandato seguido.
Na semana passada, o governador Beto Richa (PSDB) retirou da pauta da Assembleia Legislativa um pacote de medidas que cortavam gastos, atingindo benefícios de servidores públicos estaduais. O recuo aconteceu após a invasão da Assembleia por servidores e manifestantes contrários ao pacote. 
O governo terminou 2014 com uma dívida de R$ 1,2 bilhão com fornecedores. Também não pagou o abono de férias e o vale alimentação dos funcionários públicos desde o final do ano passado. Professores temporários que tiveram os contratos encerrados não receberam suas rescisões.  
Medidas que incluem cortes orçamentários e aumento de impostos também estão em debate no Distrito Federal –onde o governo foi obrigado a atrasar salários– e em Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás.
Fonte : BEMPARANÁ

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