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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vaccari se afasta da tesouraria do partido do PT.


   A prisão de Vaccari na manhã desta quarta-feira pegou os dirigentes petistas de surpresa | Antônio More/Gazeta do Povo

O presidente do PT, Rui Falcão, informou nesta quarta-feira, 15, em nota, que o tesoureiro João Vaccari Neto, preso na manhã de hoje pela Polícia Federal, “solicitou seu afastamento” do cargo “por questões de ordem práticas e legais”. Apesar do afastamento, a nota assinada por Rui mantém o discurso de “confiança na inocência de João Vaccari Neto”, apontado por investigações da PF como operador de propina do PT no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. “Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário”, afirma Rui.
O presidente do partido classifica ainda como “injustificada” e “desnecessária” a prisão de Vaccari e informa que os advogados do tesoureiro estão apresentando um pedido de habeas corpus.
A decisão foi divulgada poucas horas depois de terminado o encontro que selou o destino do tesoureiro, entre Falcão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o acerto com Lula, a nota foi redigida em uma reunião entre Rui Falcão, o secretário de Comunicação José Américo Dias e o secretário-geral do partido, Romênio Pereira.
A prisão de Vaccari na manhã desta quarta-feira pegou os dirigentes petistas de surpresa. O presidente do PT estava em Brasília quando soube da decretação da prisão pelo juiz Sérgio Moro. Falcão não contava que houvesse uma decisão da Justiça contra Vaccari neste momento. Isso contraria, porém, informações de integrantes doPalácio do Planalto, que disseram já esperar a prisão do tesoureiro. Desde a prisão de ex-deputados, entre eles, André Vargas (ex-PT-PR) na sexta-feira da semana passada, o Planalto trabalhava com a possibilidade de que Vaccari pudesse ter o mesmo destino.
Para os dirigentes do PT, a prisão é uma reação aodepoimento de Vaccari na CPI da Petrobras , na semana passada, quando ele, na avaliação dos petistas, teria sido convincente ao defender a tese de que os investigadores da Lava-Jato estavam tentando criminalizar doações legais feitas ao partido.
O desligamento de Vaccari de suas funções no PT seria discutida na reunião do Diretório Nacionalda legenda, marcada para sexta-feira em São Paulo. A corrente Mensagem ao Partido, segunda maior dentro da sigla, encabeçada pelo ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, já vinha defendendo publicamente o afastamento do tesoureiro durante as investigações.

PSDB aposta que novas denúncias contra Vaccari embasem impeachment

Os futuros desdobramentos da nova linha de investigação contra o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, podem dar maior embasamento jurídico para um eventual pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
A avaliação é de dirigentes da cúpula nacional tucana, para os quais as “graves suspeitas” contra o tesoureiro reforçam a discussão dentro do partido sobre a defesa do afastamento da presidente. Preso nesta quarta-feira (15), o tesoureiro é suspeito de ter utilizado uma gráfica ligada ao partido para o recebimento de propina de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.
A cúpula tucana pondera, contudo, que os indícios apresentados até o momento ainda não revelam um “fato determinante” que vincule a presidente ao esquema de corrupção. Ela avalia também que ainda não existe um consenso no Congresso Nacional para que um pedido de afastamento prospere.
Nos bastidores, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem considerado que é necessário aguardar o ritmo de investigações da Operação Lava Jato para que o partido não se antecipe e acabe dando um “tiro na água”. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), vice-presidente nacional do PSDB, o tempo de espera, no entanto, não pode ser longo. “A prisão do tesoureiro se dá por novos indícios e é um caminho para que se busque um fato determinante. É necessário, contudo, que não se faça algo que seja inconsistente juridicamente”, afirmou.
Nesta terça-feira (14), o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, mudou o tom e considerou que haverá motivo “extremamente forte” para um pedido de impeachment se ficar comprovado que o governo federal esperou o fim da eleição presidencial para processar uma empresa holandesa suspeita de pagar propina para fazer negócios com a Petrobras.
Segundo aliados do tucano, a partir de agora, ele deve elevar ainda mais o tom contra a presidente, numa tentativa de entrar em sintonia com os movimentos favoráveis ao afastamento da presidente. Nesta quarta, Aécio afirmou que há um “conjunto de acusações” contra o PT que precisam ser reunidas antes que haja ação do PSDB.
Fonte : Gazeta do Povo

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