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terça-feira, 30 de junho de 2015

MP vai processar Richa e Francischini por confronto com professores.

   Foto: Júlio César Lima

O Ministério Público do Paraná vai entrar com uma ação civil pública contra o governador Beto Richa, o ex-secretário de segurança pública Fernando Francischini (SD) e os coronéis César Kogut, Arildo Luís Dias e Nerino Mariano de Brito, responsáveis pela ação que acabou no confronto com os professores no dia 29 de abril, no Centro Cívico, em Curitiba, que resultou em mais de 200 feridos.
O anúncio foi feito pelo MP na tarde desta segunda-feira (29), exatamente dois meses depois do confronto.
Além disso, todo o  material será encaminhado à Procuradoria Geral da República, que irá atuar na esfera criminal, haja vista que tanto o governador quanto o deputado federal têm foro privilegiado. Já os militares, além de responder a Inquérito Policial Militar, também poderão ser investigados pela PGR.
Segundo o procurador de Justiça, Eliezer Gomes, Richa mostrou omissão durante a ação. “Ficou clara uma dolosa omissão, e a pessoa é responsabilizada não só pelo que faz, mas com o que se deixa de fazer. O governador é o grande comandante das forças de segurança, e que garante os direitos fundamentais, como o que garante ir às ruas, se manifestar, acompanhar a votação de um projeto. Na medida, em que ele teve amplo conhecimento da ação, ele poderia ter interferido, afinal toda a operação foi centralizada no Palácio Iguaçu, onde fica o gabinete do governador, inclusive foi no terceiro andar que os comandantes foram elogiados, após a ação, houve inclusive o emprego de um helicóptero que fica a serviço do governador”, disse, durante entrevista na sede do MP, em Curitiba (PR).
Fora os custos diretos da operação, o Ministério Público do Paraná estima os prejuízos ao patrimônio público em cerca de R$ 5 milhões, pois muitas vítimas ainda estão acionando o Estado na Justiça, pedindo indenização por danos materiais e morais. Na ação, por exemplo, há pelo menos 150 laudos que comprovam as lesões corporais sofridas por manifestantes que se submeteram a exame pericial.
As investigações do MP-PR durou cerca de dois meses e nesse período foram colhidas 581 declarações em Curitiba e em outros 33 municípios do interior estado, onde foram tomados depoimentos de vítimas, testemunhas e militares. No total foram 22 volumes com cerca de cinco mil páginas. Além disso, foram analisados 4.114 arquivos com fotos e vídeos relacionados à investigação, encaminhados ao MP-PR, muitos deles pelo e-mail criado exclusivamente para a recepção desse tipo de material, mas também por veículos de comunicação que fizeram a cobertura jornalística dos fatos.
O material foi analisado pelo grupo designado para realizar as investigações – os procuradores de Justiça Eliezer Gomes da Silva e Marcos Bittencourt Fowler e os promotores de Justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima e Maurício Cirino dos Santos.
Fonte   ParanáPortal


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