‘Não se acovardou’, diz irmão de músico da Cidadão Quem no RS
Baixista Luciano Leindecker morreu na sexta-feira (22) vítima de câncer.
Amigos, familiares e fãs se despedem do artista em Porto Alegre.
Familiares, amigos e fãs se despedem do músico da banda Cidadão Quem Luciano Leindecker, morto aos 42 anos em decorrência de complicações relacionadas a um mieloma múltiplo. O velório começou às 5h30min deste sábado (22), no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre.
O ex-baixista faleceu na sexta-feira (22), após travar uma luta contra um tipo câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas. Emocionado, o irmão Duca Leindecker lembrou o período de tratamento contra a doença.
Formada atualmente pelos irmãos Duca e Luciano, além de Cláudio Matos na bateria, a Cidadão Quem surgiu nos anos 90 e lançou sucessos como “Ao Fim de Tudo”, “Dia Especial”, “Pinhal” e "Os Segundos", que esteve na trilha sonora da novela Malhação da Rede Globo e alçou a banda no cenário nacional."Ele não se mixou e nunca se acovardou. Principalmente na batalha contra a doença. Acho que esse é o legado do Luciano. E tudo que a gente pode deixar, porque o tempo que a gente perde correndo atrás do dinheiro a gente nunca vai conseguir pagar. Então, o tempo não volta", disse ao G1.
"Ele deixou um legado. Tem uma música que eu compus que se chama 'Amanhã Colorido', que fala das coisas boas para deixar na vida. Diz: 'Olha a luz que brilha de manhã, sabe quanto tempo estive aqui'. Mas acho que ele deixou isso, a concepção de que as coisas importantes na vida, são a própria vida. O valor que se dá a própria vida. As opções, as escolhas que a gente faz. E ele escolheu viver com plenitude, com prazer, fazendo esporte, andando de moto, tocando", lembrou Duca Leindecker.
O artista enfrentava a doença há oito anos e estava em tratamento no Hospital Dom Vicente Scherer, no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre. Considerado um dos personagens mais queridos da cena musical gaúcha, Luciano Leindecker tratou-se com radioterapia, tratamento sistêmico com medicação e passou por um auto-transplante de medula há cerca de quatro anos.
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