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AMCG cobra R$ 16 milhões para transporte escolar.

   

De acordo com levantamento da entidade apresentado à secretária, o déficit nos repasses ultrapassa R$ 16 milhões

A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) se reuniu, ontem, com a secretária estadual de Educação, Ana Seres. No encontro, os prefeitos da região cobraram a elevação no repasse do Estado para o custeio do transporte escolar.

De acordo com levantamento da entidade apresentado à secretária, o déficit nos repasses ultrapassa R$ 16 milhões. O valor é referente à diferença anual entre os pagamentos e os custos do serviço nas 19 prefeituras dos Campos Gerais, que chega a quase R$ 13 milhões, somada aos gastos de R$ 4 milhões para a reposição dos dias de greve na Educação.

“Fomos apresentar estes números à Secretaria, pois há uma defasagem muito grande nos valores repassados pelo Estado. E agora a questão pontual da greve, em que os municípios se comprometeram a transportar os alunos para não prejudicá-los devido a greve”, explica o presidente da AMCG e prefeito de Ipiranga, Roger Selski (PR).

O Governo do Estado confirmou nesta quarta-feira o pagamento de R$ 9 milhões aos 399 municípios para cobrir a reposição das aulas. Entretanto, segundo a AMCG, somente as prefeituras da região já consumiram quase metade do socorro financeiro do Estado. região realizou levantamento dos custos com o transporte (combustível e pessoal) para reposição de aulas, conforme o número de dias que falta para completar o calendário escolar. “Há alguns municípios em que a soma não é muito elevada, mas há outros que vão ter muitas dificuldades para arcar com o valor”, conta Selski, descrevendo que a situação dos municípios, principalmente dos pequenos, está cada vez pior com a falta de recursos.

Apesar da cobrança dos municípios, a secretária Ana Seres afirmou que é difícil elevar os repasses. De acordo com Ana, o governo já está fazendo um levantamento dos municípios que realizaram o transporte escolar no período de férias. “Estamos pontuando os municípios, pois alguns se negaram a fazer o transporte para reposição”, explicou, já contabilizando oito que não irão necessitar das cotas do repasse. “Mas o valor acordado são os R$ 9 milhões”, aponta, sem perspectivas de aumento.

Região investe R$ 47 milhões

Para a reunião, a AMCG, em parceria com o setor de Educação da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), realizou também levantamento do custo anual do transporte escolar. Conforme o estudo, os 19 municípios da região investiram em 2014 no transporte escolar R$ 47.670.194,79, no transporte de 36.566 alunos. Deste valor, o investimento para a rede estadual – 18.714 alunos – foi de R$ 23.290.713,06. Mas o total recebido dos programas do Governo do Estado foi de R$ 10.504.646,43. O que significa um déficit no valor de R$ 12.786.066,63. “O repasse do Estado não chega a 50% do que investimos”, contabiliza Selski.

Fonte  aRede