Após denúncia, ex-assessor do Governo é preso por suposto estupro.
Três pessoas foram presas, na manhã deste sábado (14), por suspeita de exploração sexual de menores em Londrina, no norte do Paraná. Entre os presos, está o fotógrafo e ex-assessor do Governo do Estado Marcelo Caramori, solto no dia 10 de fevereiro, o delegado da Receita Estadual em Londrina, José Luiz Favoretto Pereira, e um investigador da Polícia Civil. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Caramori foi preso pela segunda vez por suposto estupro de uma menina menor de 14 anos.
De acordo com o delegado do Gaeco, Ernandes César Alves, adolescentes que foram vítimas de exploração sexual identificaram o auditor fiscal e o policial como clientes. “Descobrimos que eles eram usuários do sistema, ou seja, também exploravam sexualmente meninas menores de 18 anos. Mesmo sendo clientes, responderão pelos mesmos crimes dos agenciadores”, detalha. Os dois foram presos por favorecimento à prostituição.
O advogado de José Luiz Favoretto Pereira, Rafael Garcia, nega que o cliente tenha tido qualquer envolvimento ou relacionamento com adolescentes. “Ainda não tivemos acesso ao processo, e por isso, não sabemos qual foi os motivos da prisão. Por ora, o meu cliente vai permanecer em silêncio, pois ele alega que não teve envolvimento com nenhuma adolescente”, argumenta o advogado.
Essa é a terceira etapa de investigações sobre a prática de crimes de favorecimento e exploração sexual de menores em Londrina. A primeira prisão ocorreu no início de janeiro, quando um auditor da receita estadual foi preso em um motel da cidade com uma adolescente, e na segunda, foi preso o fotógrafo Marcelo Caramori, que na época era assessor do Governo Estadual.
Caramori retornou para a prisão neste sábado pois, segundo o delegado do Gaeco, o fotógrafo omitiu informações no depoimento que prestou ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). “Descobrimos que Caramori manteve relações sexuais com uma adolescente que tem menos de 14 anos. O fotógrafo não relatou esse relacionamento ao prestar depoimento e, por isso, foi preso por estupro de menor”, pontua o delegado Ernandes César Alves.
O advogado de Marcelo Caramori, Leonardo Vianna, foi procurado pelo G1, mas não foi localizado pela para comentar sobre a prisão.
O policial civil preso por suspeita de favorecimento à prostituição será levado para Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos em Curitiba. Em nota, a Polícia Civil informou que afastou o investigador do cargo e ele responderá a processo administrativo disciplinar junto à Corregedoria Geral da Polícia Civil. Se, no fim do processo, a Justiça comprovar que o policial tem envolvimento no caso e o Conselho da Polícia entender que o investigador é culpado, ele poderá ser demitido.
Fonte : G1
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